Familiares e amigos do menino Ythallo Raphael Tobias Rosa, de 6 anos, chegaram para o enterro da criança na tarde desta quarta-feira, com faixas nas mãos, camisas brancas e gritos de pedidos de Justiça. O corpo do menino foi velado na comunidade Primavera, em Cavalcanti, onde a família mora. Os pais não conseguiram acompanhar o sepultamento no cemitério de Inhaúma, também na Zona Norte. A mãe da criança passou mal, desmaiou e precisou ser socorrida.
Entre os louvores e orações, a voz da tia do menino Michele Tobias ecoava com gritos embargados pelo choro.
— Acabaram com a vida dele. Por que meu Deus? Levaram o nosso menino. Aproveitaram da fome dele para matar. Que mundo é esse? Que vida é essa que as nossas crianças não podem nem brincar em paz? Ela matou um anjo, o Ythallo só tinha 6 anos — lamentou ela.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro analisa imagens de câmeras de segurança na comunidade Primavera, em Cavalcanti, Zona Norte, para identificar a mulher que teria dado os doces supostamente envenenados a crianças.
Além das imagens, a polícia aguarda o laudo do exame toxicológico para confirmar a substância que causou a morte da criança. Segundo o depoimento de um primo de Ythallo, a mulher suspeita teria passado de motocicleta e oferecido os doces enquanto as crianças brincavam na rua. A motivação do crime ainda não foi esclarecida, mas a principal linha de investigação aponta para envenenamento.