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BRASIL Quinta-feira, 10 de Abril de 2025, 10:19 - A | A

Quinta-feira, 10 de Abril de 2025, 10h:19 - A | A

BOCA GIGANTE

Mulher sofre reação alérgica grave após usar pasta de dente e pretende processar Colgate

Denise chegou a correr risco de fechamento da glote, o que poderia levar à morte, segundo relatou.

 

A moradora de Miracatu (SP), Denise Correia Santiago, está se preparando para acionar a Justiça após sofrer uma reação alérgica grave ao utilizar o creme dental Colgate Total Prevenção Ativa Clean Mint. Segundo ela, os sintomas começaram com uma leve secura bucal e evoluíram para manchas vermelhas, inchaço nos lábios, queimaduras na boca e sensibilidade extrema, que a impediram de se alimentar corretamente por dias.

"Meu maior medo era ficar passando fome por muito tempo. A dor e a fome incomodaram mais que a aparência", desabafou Denise, que afirma ter sido alvo de comentários maldosos durante o período em que permaneceu com o rosto visivelmente afetado.

O caso ocorreu após o primeiro uso da nova fórmula do produto. Mesmo desconfiando da intensidade do sabor, ela continuou utilizando o creme dental até que os sintomas se agravaram. Após atendimento médico, foi diagnosticada com uma reação alérgica severa. Denise chegou a correr risco de fechamento da glote, o que poderia levar à morte, segundo relatou.

 

Educadora social, de 45 anos, sofreu reação alérgica após uso de pasta de dente, em Miracatu (SP) — Foto: Arquivo Pessoal

Ela foi medicada com antialérgicos e analgésicos, mas a irritação voltou logo após nova escovação com o mesmo produto. "Foi quando minha irmã viu na internet que outras pessoas estavam passando por isso também. Desde então, não usei mais a pasta", contou.

Mesmo seu marido e filho tendo usado a mesma pasta sem apresentar sintomas, Denise decidiu buscar reparação judicial com apoio do advogado Victor Hugo Herculano da Silva. Ele afirma que a empresa foi "irresponsável" ao alterar a fórmula sem os devidos testes e promete uma ação por danos físicos e psicológicos. “A empresa é responsável objetivamente por todos os danos causados, com base no artigo 12 do Código de Defesa do Consumidor”, argumenta.

A Colgate, por sua vez, lamentou em nota os efeitos adversos relatados por alguns consumidores e reforçou que está à disposição para apurar cada caso individualmente. "Temos forte compromisso com a apuração de cada relato", declarou a companhia.

Histórico de queixas e suspensão temporária

A pasta Colgate Clean Mint teve sua venda suspensa temporariamente pela Anvisa em 27 de março, após notificações de 13 eventos adversos semelhantes ao de Denise. No entanto, a decisão foi revogada no mesmo dia, após recurso da empresa.

Os sintomas mais comuns relatados por consumidores incluem:

  • Inchaço nas amígdalas e lábios;

  • Ardência e dormência bucal;

  • Boca seca;

  • Irritação e vermelhidão na gengiva.

A Colgate alega que o produto é seguro, mas reconhece que algumas pessoas podem ter sensibilidade a ingredientes como fluoreto de estanho, corantes ou aromatizantes.

Denise quer mudanças nas embalagens

Além da indenização, Denise defende mudanças na rotulagem. “Gostaria que as informações atrás do produto fossem escritas com letras maiores. Quando o fabricante mencionar nova fórmula, que especifique qual o componente foi acrescentado”, sugere.

O caso chama atenção para a importância de uma comunicação mais clara com os consumidores e o rigor na testagem de produtos com fórmulas alteradas. Enquanto isso, Denise segue se recuperando dos efeitos físicos e emocionais da experiência.

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