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CIDADES Terça-feira, 10 de Dezembro de 2024, 18:34 - A | A

Terça-feira, 10 de Dezembro de 2024, 18h:34 - A | A

COMÉRCIO EM CRISE

Crise em Chapada dos Guimarães: Interrupções na MT-251 provocam crise econômica e social

Durante o período de férias e festividades de final de ano, a expectativa era de um aumento no movimento, mas a realidade está longe disso.

Ana Barros



A cidade de Chapada dos Guimarães, conhecida por sua exuberância natural e papel central no turismo de Mato Grosso, enfrenta uma crise financeira sem precedentes devido às constantes interrupções na rodovia MT-251. Essa via, vital para o acesso à cidade e para a conexão com outros municípios, tem sido palco de obras no trecho do Portão do Inferno, agravando os problemas de tráfego e impactando profundamente o fluxo de turistas e a economia local.

 

Um impacto devastador no turismo e no comércio


Comerciantes e empresários têm sentido os efeitos diretos das obras, que incluem desvios e longas esperas. A empresária Elga Figueiredo, proprietária de uma pousada, desabafa:
“Os cancelamentos são recorrentes, e a falta de procura aumenta com a incerteza das estradas. Hóspedes chegam reclamando das horas perdidas em filas e do desgaste causado pelo caos. Isso tira a credibilidade do município e afeta gravemente a nossa confiança na capacidade pública de resolver problemas.”

 

 

O turismo, principal motor econômico da cidade, entrou em colapso. Restaurantes, hotéis e lojas, que tradicionalmente aproveitam o movimento de final de ano, enfrentam redução drástica no fluxo de visitantes. O Café da Lé, administrado por Patrícia Itamara e sua mãe, Alecina Maria, é um exemplo. “Antes, recebíamos muitos turistas, mas agora o movimento despencou. Investimos tudo neste negócio há menos de um ano, e a situação é desesperadora”,lamenta Patrícia.

 

Risco para moradores e motoristas


Além dos impactos financeiros, os moradores sofrem com dificuldades para acessar serviços essenciais, como consultas médicas e tratamentos de saúde. O aumento do tempo de viagem e o risco em trajetos alternativos, como pela Serra de São Vicente, tornam a situação ainda mais grave. Segundo os comerciantes, caminhoneiros e transportadoras também enfrentam transtornos, com muitos acessos à cidade restritos ao período noturno, inviabilizando o consumo local e gerando insegurança.

 

A empresária, que preferiu não se identificar, alertou sobre o risco iminente das obras no Portão do Inferno: “Há um perigo real de desabamento. Não há como recuar, e isso se tornou uma emergência financeira e de segurança. A vida de quem trafega pela MT-251 está em risco, e o comércio da cidade está à beira do colapso.”

 

Disputas políticas agravam o cenário


Os comerciantes criticam o embate entre os governos estadual e federal, apontando a falta de coordenação como um dos principais fatores para o atraso nas soluções.
“Enquanto eles discutem, nós sofremos. Parece que estamos usando um nariz de palhaço. Precisamos de ações concretas e imediatas,” desabafa Patrícia.

 

As obras no Portão do Inferno, que começaram com a retirada de vegetação e mudanças estruturais significativas, ainda não apresentam resultados tangíveis. A indefinição alimenta o sentimento de abandono e incerteza, com consequências devastadoras para a imagem de Chapada dos Guimarães como um dos destinos turísticos mais prestigiados do Brasil.

 

Clamor por soluções urgentes


Empresários e moradores pedem, de forma unânime, que as autoridades priorizem medidas efetivas para mitigar os danos econômicos e sociais. A necessidade de um plano emergencial, que contemple a conclusão das obras com segurança e celeridade, é urgente.

 

Chapada dos Guimarães, um símbolo de beleza natural e riqueza cultural, luta para superar uma crise que ameaça seu futuro. A população espera que o poder público atenda ao clamor por soluções práticas e coloque a cidade novamente no mapa do turismo nacional.

 

 

 

 

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Augusto 11/12/2024

Grande parte dessa crise, são os valores cobrados por pousadas, hotéis, restaurantes e casas de temporada em Chapada, são altamente extorsivos...Aqui não é uma GRAMADO para tal, a cidade não tem essa vocação e nunca vai ter, mesmo esses comerciantes e políticos querendo elitizar a fórceps...Vão quebrar mesmo....

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1 comentários