Quase quatro anós após ter lançado o livro: A Socialização da Reforma Agrária e a Distribuição da Miséria, o deputado estadual Gilberto Cattani, volta a divulgar a venda de exemplares, para isso ele usou as redes sociais e foi bem direto: "Se você quer conhecer um pouco da reforma agrária sob o ponto de vista de uma pessoa que viveu a vida toda em assentamentos e que viu de perto o que o socialismo fez com o homem do campo no Brasil, indico meu livro, A Socialização da Reforma Agrária e a Distribuição da Miséria. Agora se você defende vagabundos como os do MST e FNL, não leia, estará perdendo o seu tempo", disse.
Publicado em 2020, o livro A Socialização da Reforma Agrária e a Distribuição da Miséria, de Gilberto Cattani, oferece uma análise contundente sobre as políticas de reforma agrária aplicadas no Brasil nas últimas décadas. Mais do que uma obra teórica, o livro reflete a experiência de vida do autor, que cresceu e viveu em assentamentos rurais, tornando-se um profundo conhecedor das transformações ocorridas no campo brasileiro.
Cattani, que é deputado estadual por Mato Grosso e produtor rural há mais de 20 anos, utiliza a obra para comparar modelos distintos de reforma agrária. Ele traça um paralelo entre o período militar e o governo de Jair Bolsonaro, que, segundo ele, priorizaram a entrega de títulos de propriedade para os assentados, e o modelo adotado a partir da redemocratização, que promoveu uma abordagem socializada sem, no entanto, garantir a posse definitiva da terra.
Uma crítica ao socialismo no campo
A principal tese do livro é que a reforma agrária no Brasil passou, a partir dos governos de esquerda, por um processo de socialização que, na visão de Cattani, não trouxe emancipação para o homem do campo. Ele argumenta que, ao invés de promover o desenvolvimento, o modelo vigente perpetuou a dependência dos assentados em relação ao Estado, gerando o que ele chama de “distribuição da miséria.”
Com linguagem acessível e exemplos concretos, o autor relata como a falta de títulos de propriedade impacta diretamente na capacidade dos assentados de investir em suas terras e construir um futuro sustentável. Ele também aponta para os avanços obtidos com a entrega de títulos durante o governo Bolsonaro, que ele considera um resgate do modelo eficiente adotado no passado.
Mais que um livro, um manifesto
“A Socialização da Reforma Agrária e a Distribuição da Miséria” vai além de uma análise crítica. É um chamado para que políticas públicas no campo priorizem a autonomia dos produtores rurais, rompendo com modelos que, segundo o autor, inibem o crescimento econômico e social das comunidades agrárias.
O autor e sua trajetória no campo e na política
Cattani vive no assentamento Pontal do Marape, em Nova Mutum, há mais de duas décadas. Sua vivência no campo moldou sua visão política e o motivou a entrar na vida pública. Em 2021, ele assumiu uma cadeira na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, onde defende pautas ligadas aos direitos dos assentados, valores conservadores e a reforma agrária baseada na titularidade de terras.
Repercussão e debate nacional
Desde o lançamento do livro, Cattani tem participado de eventos como o Congresso Conservador Brasil Profundo e o CPAC, maior encontro conservador do Brasil, promovendo suas ideias sobre o campo e a reforma agrária. A obra também tem dividido opiniões, suscitando debates entre críticos do socialismo no campo e defensores de movimentos como o MST e o FNL, que o autor critica abertamente.
Para quem é o livro
Cattani afirma que o livro é indicado para quem busca entender as transformações do campo sob uma perspectiva crítica ao socialismo. Ele reforça que é um convite para reflexão e para aqueles que desejam soluções efetivas para os problemas do homem do campo no Brasil.
“A Socialização da Reforma Agrária e a Distribuição da Miséria” é mais do que um relato; é um posicionamento firme sobre o futuro da reforma agrária no país, contado por alguém que viveu a realidade dos assentamentos e que agora ocupa um espaço central no debate político.