O desembargador Sebastião de Moraes Filho, afastado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso sob suspeita de envolvimento em um esquema de venda de sentenças, solicitou sua reintegração à Corte, alegando inocência. Em sua defesa enviada ao corregedor nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell, o magistrado negou qualquer ato ilícito e classificou as acusações como infundadas.
Sebastião argumenta que seu afastamento tem gerado ataques injustos por parte de pessoas que perderam ações na Justiça. Segundo ele, isso pode desencadear novas denúncias no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), transformando sua reputação de magistrado honrado em criminosa. O desembargador também criticou a cobertura da imprensa, que, segundo ele, já o teria condenado publicamente.
As acusações contra o desembargador envolvem suposta quebra de imparcialidade em processos relacionados à fazenda Paraíso, uma área de 1.452.000 hectares avaliada em R$ 80 milhões. Ele defende que sua carreira de quase 20 anos como presidente da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça é marcada pela legalidade e que todas as denúncias serão esclarecidas e arquivadas.
"De joelhos, somente para Deus", declarou o magistrado, reafirmando sua inocência e compromisso com a justiça.
