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POLICIAL Quinta-feira, 28 de Novembro de 2024, 14:53 - A | A

Quinta-feira, 28 de Novembro de 2024, 14h:53 - A | A

‘OPERAÇÃO 777’

Carros , celulares de última geração, a vida luxuosa dos influenciadores do jogo do tigrinho; veja vídeos

Cinco influenciadores tiveram as prisões cumpridas em Cuiabá e Várzea Grande e nas cidades paulistas de Pindamonhangaba e Taubaté. Um está foragido. As mães de três deles também foram presas nas mesmas cidades.

 

 

Maços e mais maços de dinheiros, celulares de ultima geração,  carros de luxos, bebidas importadas, viagens para ilha Maldivas com direito a banho de champanhe e o cofre cheio de dinheiro, retrato da vida luxuosa dos seis influenciadores digitais investigados na ‘Operação 777’, de combate à promoção de jogos online ilegais, conhecido como ‘tigrinho’, apontou que eles chegaram a faturar, só no primeiro semestre deste ano, o total de R$ 12.869.572,00. As informações são da Polícia Civil.

 

Quatro influenciadores de Mato Grosso e dois de São Paulo, além das mães de três deles, são alvos da ação, deflagrada nesta quarta-feira (27) pelas Delegacias Especializadas do Consumidor e de Estelionatos e Outras Fraudes de Cuiabá, para apurar a divulgação de jogos e rifas ilegais.

 

 

 

Cinco influenciadores tiveram as prisões cumpridas em Cuiabá e Várzea Grande e nas cidades paulistas de Pindamonhangaba e Taubaté. Um está foragido. As mães de três deles também foram presas nas mesmas cidades.

 

 

 

A decisão judicial do Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá determinou, além das prisões e buscas contra os investigados, o bloqueio de valores dos influenciadores até o montante apontado na apuração policial.

 
 
 
 
 
 
 

Na investigação conduzida pela Delegacia Especializada do Consumidor de Cuiabá, os policiais civis encontraram indícios de que os investigados lançavam plataformas novas, quase diariamente, porque os seus seguidores logo percebiam que não conseguiam ganhar dinheiro com as apostas nos sites divulgados. E ainda, quando os apostadores ganhavam valores maiores, não recebiam o prêmio, o que forçava os influenciadores a promoverem novos jogos para induzir os inscritos a erro.

 

 
 

 

Além disso, a Polícia Civil apontou indícios de que os investigados publicavam vídeos e imagens jogando versões demonstrativas fornecidas a eles pelos responsáveis das plataformas. Essas versões são programadas para que eles sempre ganhem as apostas, induzindo os seguidores ao erro com a simulação de ganhos de altos valores com apostas falsas.

 

As investigações identificaram, ainda, evidências de que as rifas promovidas pelos presos na operação desta quarta-feira, além de ilegais, também são fraudadas de diversas formas. Uma das maneiras mais comuns é o influenciador vender uma quantidade de números que cubra o valor investido no veículo ou bem de luxo sorteado. Daí, ele ficava com a maioria dos números para que, se fosse sorteado, apresentasse um comparsa como o vencedor e ficava com o prêmio.

Suspensão de empresas

A decisão judicial da Operação 777 também determinou a suspensão da atividade econômica e da inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) de nove empresas ligadas aos investigados e também a pessoas naturais da China.

 

Além disso, foi deferido o bloqueio de sete redes sociais dos influenciadores nas plataformas do Instagram e Facebook. Eles também deverão cumprir medidas cautelares como a proibição de deixarem o país, apreensão dos passaportes e a proibição de realizarem qualquer divulgação relacionada a jogos de azar ilegais.

Denúncias

Os consumidores que se sentirem lesados pela prática ilegal podem registrar boletim de ocorrência em qualquer Delegacia de Polícia, procurar a Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor na Rua Gen. Otávio Neves, nº 69, Duque de Caxias I, em Cuiabá, de segunda a sexta-feira, em horário comercial.

Denúncias também podem ser feitas, inclusive anônimas, pelo e-mail: [email protected], no telefone 197 da Polícia Civil ou pela Delegacia Virtual: https://portal.sesp.mt.gov.br/delegacia-web/pages/registro_denuncia.seam

Com assessoria
 
 
 
 

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