A influenciadora digital Larissa Mataveli foi presa durante a Operação 777, deflagrada pela Polícia Civil, e encaminhada à Penitenciária Ana Maria do Couto May, em Mato Grosso. Curiosamente, a mesma unidade já abriga sua mãe, Jaira Gonçalves de Arruda, condenada a 26 anos de prisão pelo assassinato da enteada de 11 anos, em 2019.
Larissa foi acusada de promover o Jogo do Tigrinho, esquema ilegal de apostas online que vinha sendo divulgado por influenciadores nas redes sociais.
A operação cumpriu oito mandados de prisão em Mato Grosso e São Paulo, resultando na captura de sete suspeitos, enquanto Bruno Fabiano Marques, outro alvo, fugiu para a França antes da ação.
A mãe de Larissa, Jaira Gonçalves, foi condenada em 2021 por envenenar a enteada Mirella Poliane Chuê de Oliveira ao longo de dois meses.
O crime foi motivado por uma herança de R$ 800 mil que Jaira esperava receber. Após julgamento, Jaira foi sentenciada em regime fechado e sem direito a recorrer em liberdade.
Larissa, por sua vez, usava sua influência digital para atrair seguidores a apostas ilegais.
Os vídeos promocionais incluíam alegações de ganhos rápidos e fáceis, incentivando a adesão ao esquema. Além disso, os acusados promoviam rifas ilícitas como parte do esquema fraudulento.
Além de Larissa, outras prisões chamaram atenção. Duas mães de influenciadores, Cristiane de Freitas (SP) e Sandra Regina Ferreira (Cuiabá), também foram detidas por participação no esquema.
A polícia segue monitorando as atividades de Bruno Fabiano Marques, considerado foragido.
As autoridades alertam sobre os riscos financeiros e legais associados às apostas ilegais, que frequentemente levam ao endividamento e lavagem de dinheiro.
A prisão de Larissa e sua ligação familiar com um crime tão chocante reforçam a complexidade das redes criminosas, que não se limitam apenas às práticas digitais, mas mostram conexões profundas e históricas com atos violentos.