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POLICIAL Sábado, 08 de Fevereiro de 2025, 13:32 - A | A

Sábado, 08 de Fevereiro de 2025, 13h:32 - A | A

INDICIADO

Polícia descarta homofobia e indicia acusado por agressão leve em boate de Cuiabá

A agressão ocorreu na madrugada de 12 de janeiro, quando Douglas relatou ter sido atacado por Yuri no banheiro da casa noturna após um desentendimento entre os dois. Segundo o psicólogo, o agressor teria dito antes do ataque

 

A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a agressão sofrida pelo psicólogo Douglas Amorin na boate Nuun Garden, em Cuiabá, e descartou que o crime tenha sido motivado por homofobia.

 

O acusado, Yuri Matheus de Siqueira Matos, foi indiciado por lesão corporal leve. A investigação também isentou a boate de qualquer responsabilidade no caso.

 

A agressão ocorreu na madrugada de 12 de janeiro, quando Douglas relatou ter sido atacado por Yuri no banheiro da casa noturna após um desentendimento entre os dois. Segundo o psicólogo, o agressor teria dito antes do ataque:

 

"Vou ensinar esse veado a respeitar homem", o que levantou a suspeita de crime de homofobia.

 

No entanto, o delegado Flávio Stringueta, responsável pelo inquérito, afirmou que não foi possível comprovar essa motivação, já que não houve testemunhas que confirmassem a suposta fala.

 

“No transcorrer das investigações, não conseguimos provar que a motivação foi essa, pois não houve nenhuma testemunha dessa fala, mesmo estando outras pessoas no banheiro masculino”, declarou no relatório policial.

 

Em depoimento, Yuri alegou que a confusão começou porque Douglas teria tentado tocar em seu órgão genital dentro do banheiro.

 

O acusado também afirmou que, momentos antes da agressão, teria sido ofendido pelo psicólogo na pista da boate.

 

Segundo ele, Douglas o teria chamado de "filho da puta, pobre, homofóbico" e o mandado "tomar no c*", o que teria motivado o ataque. Contudo, nenhuma testemunha inquirida confirmou ter ouvido essas ofensas.

 

O delegado concluiu que as versões contraditórias do ocorrido tornaram impossível confirmar a denúncia de homofobia e optou por seguir o princípio jurídico "in dubio pro reo" – ou seja, na dúvida, decidiu a favor do réu. Com isso, Yuri foi indiciado apenas por lesão corporal leve, conforme o laudo pericial anexado ao processo.

 

 

 

 

 

 

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