A prefeita de Barão de Melgaço, Margareth de Munil, e o ex-delator Edézio Correa estão entre os principais alvos da Operação Gomorra, deflagrada pela Polícia Civil nesta quinta-feira,07.

A ação investiga a atuação de uma organização criminosa envolvida em fraudes de licitações e desvio de recursos públicos no estado de Mato Grosso.

Correa, que também é sócio oculto de quatro empresas sob investigação, já havia sido denunciado na Operação Sodoma, relacionada a esquemas de propina durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa.

A Operação Gomorra foi desencadeada após investigações do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), que apontaram indícios de um esquema criminoso envolvendo adulteração de notas fiscais, sobrepreço em contratos públicos e uso de um "cartão coringa" para desvio de combustíveis na prefeitura de Barão de Melgaço.

O levantamento feito pelo Naco revelou que as empresas contratadas, com contratos firmados desde 2020, têm vínculos familiares e, em alguns casos, sequer possuem atividade comercial ativa.

O esquema, que envolve mais de 100 prefeituras e câmaras municipais, resultou em contratos com valores inflacionados, incluindo um aumento de mais de nove milhões de reais entre 2021 e 2022.

A operação busca identificar todos os envolvidos e garantir a recuperação dos recursos públicos desviados, com previsão de novos desdobramentos nas próximas etapas.

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