O presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, Chico 2000 (PL), se posicionou nesta quinta-feira (28) sobre os adiamentos no processo por quebra de decoro parlamentar que pode levar à cassação do mandato do vereador Paulo Henrique (MDB). O parlamentar foi preso durante a Operação Ranganatela, da Polícia Federal, sob suspeita de envolvimento com o Comando Vermelho.
Chico defendeu que os atrasos na conclusão do relatório pela Comissão de Ética não afetam a imagem da Câmara, mas sim a do vereador investigado. “Eu acredito que essa situação deve manchar o nome do vereador e não o da Casa. A Câmara não tem responsabilidade direta sobre seus pares; essa responsabilidade cabe à população que os elegeu”, disse.
Apesar disso, Chico afirmou que ainda não recebeu o relatório da Comissão de Ética e levantou dúvidas sobre a condução do processo pela Casa. Segundo ele, o documento será submetido à análise da Procuradoria antes de ser apreciado pelo Plenário.
“A Comissão de Ética tem um prazo de 90 dias para realizar todas as diligências necessárias. O primeiro ponto é que a Comissão deve cumprir esse prazo. O segundo ponto, conforme já mencionei em entrevistas anteriores, é que tenho dúvidas sobre o processo”, explicou.
O caso de Paulo Henrique tem gerado grande repercussão em Cuiabá, com cobranças por transparência e celeridade na apuração. A expectativa é que o relatório seja concluído dentro do prazo estipulado e encaminhado ao Plenário para deliberação.