Nesta quinta-feira,26, o vereador Paulo Henrique de Cuiabá deve prestar depoimento após ser envolvido na Operação Pubblicare, desdobramento da Operação Ragnatela, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro através de shows em casas noturnas financiados pela facção criminosa Comando Vermelho.
O juiz João Francisco Campos de Almeida revelou que o conteúdo do celular do vereador, apreendido durante a operação, indicou sua liderança no esquema.
Paulo Henrique, que havia sido preso no dia 20 de setembro, foi solto por decisão do desembargador Luiz Ferreira da Silva.
O magistrado considerou que a investigação já tinha conhecimento do suposto envolvimento do parlamentar com a facção.
Contudo, o vereador foi afastado do cargo, obrigado a usar tornozeleira eletrônica e proibido de sair de Cuiabá ou frequentar a Secretaria Municipal de Ordem Pública e Defesa Civil.
A prisão temporária do vereador gerou controvérsia. A defesa alegou que Paulo Henrique, pai de uma criança autista de 5 anos, não representava risco às eleições próximas.
No entanto, o Ministério Público se manifestou contra o pedido de relaxamento da prisão.
O juiz Almeida sublinhou que a análise do celular do vereador foi crucial para confirmar sua participação ativa na organização criminosa, demonstrando sua influência e liderança.
Paulo Henrique teria usado suas funções públicas para coordenar o esquema, ocultando patrimônio através de terceiros.
A operação segue com novos desdobramentos, enquanto o vereador continua sendo monitorado por medidas cautelares.
