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AGRONEGÓCIO Segunda-feira, 25 de Novembro de 2024, 10:45 - A | A

Segunda-feira, 25 de Novembro de 2024, 10h:45 - A | A

CARTA DE REPÚDIO

Entidades do agro Brasileiro reagem ao boicote do Carrefour Francês com carta de repúdio

Entre os signatários da carta, destacam-se associações mato-grossenses como Acrimat, Aprosmat, Aprosoja MT e Fiemt

 

Nesta segunda-feira (25) representantes de 46 entidades que compõem a cadeia produtiva do agronegócio brasileiro assinaram uma carta em que expressam “profundo repúdio” à decisão do Carrefour da França de suspender a compra de carne do Brasil e de outros países do Mercosul.

 

Entre os signatários da carta, destacam-se associações mato-grossenses como Acrimat, Aprosmat, Aprosoja MT e Fiemt.

 

De acordo com os representantes do setor agropecuário, a postura do Carrefour reflete um protecionismo que não condiz com a realidade de um grupo que opera em diversos mercados financeiros.

 

“Tal posicionamento, além de desvalorizar a qualidade e a sustentabilidade das carnes produzidas nos países do Mercosul, prejudica o diálogo e a parceria necessária para enfrentar desafios globais como a segurança alimentar”, defendem na carta.

 

Os signatários ressaltam que o Brasil se destaca como referência na produção e exportação de proteínas animais, liderando o mercado global na exportação de carne bovina e de frango.

 

Com um mercado consumidor abrangendo mais de 160 países, incluindo membros da União Europeia, Estados Unidos, Japão e China, os representantes do agronegócio alertam que a decisão da empresa francesa subestima a importância das exportações brasileiras.

 

Os dados apresentados na carta evidenciam a evolução do setor agropecuário brasileiro nos últimos 30 anos, com um aumento de 172% na produtividade e uma redução de 16% na área de pastagens, enquanto as áreas preservadas somam 282,8 milhões de hectares  equivalente a quatro vezes o tamanho da França e oito vezes o da Alemanha.

 

"Esses avanços foram possíveis graças a um compromisso contínuo com inovação, eficiência produtiva e práticas sustentáveis", afirmam.

 

Além disso, a carta critica a decisão do Carrefour, considerando-a “injustificada” e afirmando que a postura da empresa limita o acesso dos consumidores europeus a produtos de alta qualidade, seguros e sustentáveis.

 

“Se uma carne brasileira não serve para abastecer o Carrefour na França, é difícil entender como ela poderia ser considerada adequada para abastecer qualquer outro mercado”, questionam.

 

Por fim, os representantes do setor reafirmam o compromisso com uma produção responsável e sustentável, pedindo que empresas globais como o Carrefour operem com princípios de cooperação, transparência e respeito ao livre mercado.

 

A carta reflete a indignação das entidades do agronegócio e levanta um importante debate sobre as barreiras comerciais e a valorização da produção local frente às decisões de grandes corporações internacionais.

 
 

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