Os preços dos combustíveis sofrerão um novo reajuste em todo o Brasil a partir do dia 1° de fevereiro. O aumento é resultado da elevação da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que impactará diretamente os valores da gasolina, etanol, diesel e biodiesel.
Segundo o Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), o reajuste tem como objetivo manter o equilíbrio do sistema fiscal, alinhar as tarifas às flutuações do mercado e promover uma tributação considerada mais justa.
Aumento nas alíquotas
A partir da mudança, o preço da gasolina e do etanol será acrescido em R$ 0,10 por litro, elevando a alíquota para R$ 1,47. Já o diesel e o biodiesel terão um acréscimo de R$ 0,06 por litro, com a alíquota subindo para R$ 1,12.
Esses reajustes acontecem em um cenário de contínua alta nos combustíveis, que impactou diretamente o custo de vida dos brasileiros ao longo de 2024. Dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, apontam que, no último ano, o preço do etanol subiu 17,58%, enquanto a gasolina acumulou alta de 9,71%.
Pressão no mercado
O aumento ocorre em um contexto de pressão sobre a Petrobras para que ajuste seus preços em relação ao mercado internacional. Um relatório divulgado pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) na última sexta-feira (24) revelou uma defasagem de 9% no preço da gasolina e de 18% no valor do diesel, em comparação aos índices praticados globalmente.
A medida deve pesar ainda mais no bolso dos consumidores e reacender debates sobre a política tributária no país, especialmente no setor de combustíveis, que é um dos principais itens de impacto no orçamento das famílias e na inflação.