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BRASIL Segunda-feira, 23 de Setembro de 2024, 16:27 - A | A

Segunda-feira, 23 de Setembro de 2024, 16h:27 - A | A

NOVO MÉTODO

Cresce no Brasil o uso de “relay attack” para furtos de veículos com chave presencial

Técnica de clonagem de sinal usada por criminosos está em alta e preocupa autoridades e seguradoras

O Tempo

 

Nos últimos anos, um novo método de furto de veículos tem se tornado uma grande preocupação para autoridades ao redor do mundo: o relay attack, ou ataque de retransmissão.

Essa técnica permite que criminosos levem carros equipados com chaves presenciais, ou “keyless”, sem a necessidade de contato físico com o dispositivo do proprietário.

Durante a pandemia de Covid-19, esse método ganhou destaque na Europa e, desde meados de 2022, tem se espalhado pelo Brasil. 

Por ser uma modalidade relativamente nova de crime, as polícias no Brasil não têm dados estatísticos para quantificar a ascensão dos furtos e roubo de veículos praticados por relay attack no país, no entanto, os casos veem chamando a atenção das autoridades.

Em abril deste ano, por exemplo, um Mitsubishi ASX foi furtado na cidade de Guarulhos, em São Paulo, sem que os criminosos precisassem arrombar o veículo.

Como funciona o 'relay attack'?

Segundo a seguradora Ituran, que rastreava o veículo, em questão, os assaltantes utilizaram o relay attack para clonar o sinal da chave de aproximação.

Nesse tipo de ataque, dois comparsas interceptam o sinal entre a chave e o veículo. Além disso, eles precisam acessar o sistema de diagnóstico do carro, conhecido como OBD, para liberar a ignição por meio de um transponder.

Essa técnica é aplicada em veículos de diversas marcas que utilizam o sistema keyless, onde basta apertar um botão para dar a partida no motor, sem a necessidade de inserir a chave.

Preços de apólices sobem

Com o aumento desse tipo de crime, seguradoras como Mapfre, HDI e Porto já estão ajustando os preços das apólices para veículos com sistema de partida por botão.

O seguro de um Volkswagen Polo Track com chave tradicional, por exemplo, custa 0,6% do valor do veículo, enquanto a versão Highline com sistema keyless tem um custo de 0,8%.

Especialistas apontam que a crescente adaptação tecnológica dos criminosos preocupa o setor automotivo. O professor Dalton Valadares, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), explica que o ataque de retransmissão pode comprometer qualquer dispositivo que utilize radiofrequência para o acesso.

Como se proteger contra o 'relay attack'?

Embora o sistema keyless ofereça conforto e conveniência, existem maneiras de aumentar a segurança. Montadoras recomendam que os proprietários adotem medidas adicionais, como o uso de bloqueadores de sinal para os chaveiros de aproximação, sendo relativamente baratos, e facilmente encontrados à venda na internet.

 

O uso desse tipo de bolsinha protetora — que pode ser replicada até com materiais como papel alumínio — impede que a frequência de rádio da chave presencial seja interceptada pelos criminosos.

Além disso, a Ituran recomenda que os motoristas evitem estacionar na rua e mantenham o chaveiro de aproximação afastado de entradas próximas ao veículo.

Apesar dos avanços tecnológicos, a segurança dos veículos depende cada vez mais de soluções integradas, como rastreadores e sistemas que protejam contra clonagens e interferências de sinal.

 

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