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Uma enfermeira do Centro de Especialidades Médicas, conhecido como "Postão" de Várzea Grande, registrou um boletim de ocorrência contra o vereador Kleberton Feitoza Eustaquio (PSB), acusando-o de agressão e abuso de autoridade durante uma fiscalização surpresa na unidade de saúde na noite da última segunda-feira (10).
Segundo a profissional, o parlamentar invadiu a sala de endoscopia sem autorização e, ao ser impedido, empurrou-a, desrespeitando protocolos médicos e prejudicando o atendimento aos pacientes.
Além disso, Feitoza teria ameaçado prender servidores que não colaborassem com sua ação.
Imagens das câmeras de segurança registraram o vereador entrando na sala, mas não capturam diretamente a suposta agressão, já que a enfermeira estava dentro do local.
No entanto, ela relatou que a conduta do parlamentar foi truculenta, gerando desconforto entre os profissionais e atrasando os atendimentos.
A enfermeira detalhou que Feitoza exigiu a abertura de um carrinho de emergência lacrado, usado apenas em casos urgentes, e gravou vídeos na unidade.
O vereador também questionou a falta de medicamentos como prolopa e sertralina, ao que a servidora respondeu que o processo de aquisição era burocrático, mesmo com a destinação de verba para compra.
Vereador nega acusações
Em resposta às críticas, o vereador publicou um vídeo em suas redes sociais afirmando que a fiscalização ocorreu de "comum acordo com os médicos". Ele reforçou que sua atuação visa representar os interesses da população de Várzea Grande.
Reincidência e possíveis consequências
Esta não é a primeira polêmica envolvendo Feitoza em fiscalizações no setor de saúde. No último domingo (9), ele foi acusado de expor uma médica no Pronto-Socorro de Várzea Grande.
O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) já solicitou a cassação do mandato do parlamentar, alegando quebra de decoro devido ao comportamento agressivo.
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