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CIDADES Sábado, 28 de Dezembro de 2024, 08:32 - A | A

Sábado, 28 de Dezembro de 2024, 08h:32 - A | A

40 ASSASSINADAS EM MT

“Eu sobrevivi, mas não sem marcas” relato de sobrevivente do feminicídio; dados alarmantes

Dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) apontam que, entre janeiro e outubro de 2024, 40 mulheres foram assassinadas em Mato Grosso, um aumento em relação aos 35 casos registrados no mesmo período de 2023.

Ana Barros

 

 

Eu sobrevivi, mas não sem marcas. A pior delas é saber que muitas não têm a mesma sorte que eu.” Essas são as palavras de Ana (nome fictício), uma sobrevivente de feminicídio em Mato Grosso. Ela conseguiu escapar de um relacionamento abusivo que quase tirou sua vida, mas sua história é um reflexo de uma realidade cruel enfrentada por muitas mulheres no estado.

 

Dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) apontam que, entre janeiro e outubro de 2024, 40 mulheres foram assassinadas em Mato Grosso, um aumento em relação aos 35 casos registrados no mesmo período de 2023.

 

O feminicídio, frequentemente precedido por ciclos de agressões verbais, psicológicas e físicas, é uma tragédia que muitas mulheres enfrentam em silêncio. Este ano, foram registradas mais de 9.221 denúncias de lesões corporais e ameaças. No entanto, mesmo com medidas judiciais, 1.538 medidas protetivas foram quebradas, evidenciando a ousadia dos agressores e a vulnerabilidade das vítimas.

 

“A polícia pode te dar uma medida protetiva, mas não está ao seu lado quando o agressor resolve ignorá-la,” afirma Ana.

A luta contra o feminicídio em Mato Grosso tem avançado em algumas frentes. A ampliação das delegacias especializadas no atendimento às mulheres e campanhas de conscientização têm ajudado a quebrar o silêncio em torno da violência doméstica. Além disso, em outubro de 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei que aumentou a pena mínima para feminicídio para 20 anos de prisão, com máxima de 40 anos.

Apesar desse avanço, a solução exige ações mais estruturais e preventivas. É necessário investir em educação, ampliar o acesso a serviços de apoio e garantir que os agressores sejam efetivamente punidos.

 

Para Ana e muitas outras, a esperança reside em que as estatísticas de violência deixem de crescer, sendo substituídas por histórias de sobrevivência e superação. “Eu sobrevivi para contar minha história e ajudar outras mulheres a saírem do ciclo da violência antes que seja tarde demais.”

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