Sete pessoas foram detidas no fim de semana após serem surpreendidas tomando banho na Gruta Lagoa Azul, em Nobres (MT), um local cuja visitação está proibida há mais de duas décadas.
Entre os detidos estavam seis turistas e um guia de turismo, que teria cobrado R$ 200 por pessoa para levá-los até a área restrita.
A Polícia Civil foi acionada pelo gerente da unidade de conservação e, ao chegar ao local, encontrou o grupo dentro da lagoa, causando impactos ambientais. Segundo as autoridades, a presença dos visitantes provocou pisoteio na área sensível, colocando em risco espécies de peixes ameaçadas de extinção e alterando a coloração da água.
Entre os detidos estavam quatro homens, com idades entre 22 e 38 anos, e três mulheres, de 36 e 57 anos. Quatro deles afirmaram que estavam no local sob a orientação do guia, enquanto um casal relatou ter chegado por conta própria. Todos foram levados à Delegacia de Nobres para prestar esclarecimentos.
Após a audiência de custódia, três dos detidos, incluindo o guia, permaneceram presos temporariamente, mas foram liberados sem necessidade de pagamento de fiança. No entanto, todos deverão comparecer aos próximos atos do processo para evitar a decretação de prisão preventiva.
Área interditada há mais de 20 anos
A Gruta Lagoa Azul está fechada à visitação desde 2002, quando o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) determinou sua interdição devido à degradação ambiental. Considerado um dos cartões-postais de Nobres, o local ainda não tem previsão de reabertura, já que depende de um projeto de recuperação e licenciamento.
A lagoa, de águas cristalinas e tonalidade azul intensa, se formou com o afloramento do lençol subterrâneo. A coloração característica é resultado da presença de carbonato de cálcio e magnésio na composição da água, tornando o ambiente ainda mais sensível à interferência humana.
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