O Sindicato dos Odontologistas do Estado de Mato Grosso (Sinodonto-MT) anunciou a deflagração de greve dos profissionais da categoria que atuam na capital a partir desta quinta-feira, 27 de junho.

A paralisação deve atingir ao menos 300 odontólogos da rede pública de Cuiabá, com apenas 30% dos profissionais mantendo suas atividades, conforme previsto por lei.

Na tarde dessa segunda-feira, 24, os odontologistas se reuniram em assembleia convocada pelo Sinodonto em frente à Prefeitura de Cuiabá.

Durante a reunião, foi decidido que a greve seria deflagrada em 72 horas caso o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) não enviasse o projeto de lei proposto pela categoria para a Câmara Municipal de Vereadores.

O presidente do Sinodonto, Leandro Arruda, esclareceu que a categoria não está pedindo um aumento salarial, mas sim a reposição de valores devidos devido a um erro cometido entre 2011 e 2015, quando não foi aplicada a Revisão Geral Anual (RGA) sobre a tabela de progressão.

Mesmo com a aplicação do novo plano de cargos para odontologia, não haverá ganho real.

"Hoje, em 2024, há uma defasagem salarial de aproximadamente 45% para a categoria. O Sinodonto entrou com ação judicial que resultou, em 2021, na obrigatoriedade de a Prefeitura aplicar essa reposição salarial a todos os servidores. Conseguimos uma conciliação com a Prefeitura através da Procuradoria, que foi homologada na última quinta-feira no Tribunal de Justiça", afirmou Leandro Arruda.

Os profissionais aguardam a conclusão do acordo homologado pelo Tribunal de Justiça, que inclui o envio do plano de cargos, carreiras e vencimento dos servidores da odontologia, recompondo os valores perdidos devido ao erro de 2011 a 2015.

Procurada, a prefeitura de Cuiabá informou, por meio de nota à imprensa, que um acordo judicial foi feito com a categoria e que, no momento, o processo está na Secretaria de Gestão para averiguar o impacto da correção dos valores.

A Secretaria de Governo esclareceu que a homologação do acordo ocorreu na última quarta-feira, 19 de junho.

Atualmente, o processo está sendo analisado pela Secretaria de Gestão e, posteriormente, será enviado para a Secretaria de Planejamento para emissão de parecer de orçamento.

A Secretaria de Saúde dará o parecer final, juntamente com a Procuradoria do Município, que ajustará todas as questões burocráticas antes do envio do documento à Câmara Municipal de Vereadores para votação

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