O juiz Francisco Ney Gaiva, da 14ª Vara Criminal de Cuiabá, rejeitou o pedido da defesa de Nataly Helen Martins Pereira para que ela fosse considerada inimputável por suposta insanidade mental. Nataly confessou o assassinato brutal de Emelly Beatriz Azevedo Sena, de 16 anos, que estava grávida de nove meses. O crime chocou o país pela crueldade com que foi executado.
A defesa alegou que Nataly foi vítima de estupro na infância e, desde então, sofreria surtos psicóticos recorrentes. Com base nesse histórico, os advogados solicitaram perícia médica e o reconhecimento da inimputabilidade penal. No entanto, o juiz entendeu que não há elementos suficientes para justificar a tese de insanidade, negando todos os pedidos.
Nataly responde a uma série de acusações feitas pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT): feminicídio qualificado por meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima; tentativa de aborto sem consentimento; subtração de recém-nascido; parto suposto; ocultação de cadáver; fraude processual; falsificação de documento e uso de documento falso.
O crime ocorreu em 12 de março deste ano, quando Nataly atraiu a vítima, moradora de Várzea Grande, para uma casa no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá, sob o pretexto de doar roupas de bebê. No local, Emelly foi asfixiada e teve o bebê retirado à força do ventre com o uso de uma faca e uma navalha. Após o crime, Nataly enterrou o corpo da adolescente em uma cova rasa no quintal.
Em seguida, tentou registrar o recém-nascido como seu no Hospital Santa Helena, mas foi descoberta e presa. Na delegacia, confessou o assassinato em detalhes. Atualmente, ela segue detida na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá.