Os líderes europeus intensificaram seu apoio ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, após um acalorado bate-boca entre ele e Donald Trump, ocorrido na Casa Branca.
O episódio aumentou as preocupações sobre o compromisso dos Estados Unidos com a Ucrânia e provocou reações imediatas entre as potências europeias, que reafirmaram sua solidariedade a Kiev e reforçaram a necessidade de uma nova liderança no mundo ocidental.
O encontro em Washington, inicialmente planejado para tratar de acordos econômicos e a exploração de minerais estratégicos na Ucrânia, rapidamente se transformou em um embate diplomático.
Trump, acompanhado de seu vice, J.D. Vance, cobrou de Zelensky concessões territoriais para pôr fim à guerra contra a Rússia, algo prontamente recusado pelo líder ucraniano. A postura de Trump, que classificou Zelensky como "ingrato" e o acusou de "apostar na terceira guerra mundial", repercutiu de forma negativa na Europa.
Diversos líderes europeus demonstraram publicamente seu apoio ao governo ucraniano.
Ursula von der Leyen e António Costa, presidentes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu, garantiram que Zelensky "nunca estará sozinho", enquanto a chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, afirmou que o mundo livre precisa de uma nova liderança, sugerindo que a Europa deve assumir esse papel.
O chanceler alemão Olaf Scholz e o presidente francês Emmanuel Macron também reforçaram seu compromisso com a Ucrânia, rechaçando qualquer ideia de concessão territorial à Rússia.
A resposta do Kremlin não demorou: Moscou declarou a visita de Zelensky aos EUA um "fracasso", acusando-o de ser um "belicista irresponsável".
Já Viktor Orban, primeiro-ministro da Hungria e aliado de Trump e Putin, elogiou a postura do americano, afirmando que "homens fortes fazem a paz, enquanto homens fracos fazem a guerra".
Diante da tensão crescente, Zelensky tentou acalmar os ânimos, agradecendo o apoio dos EUA e reiterando que a Ucrânia precisa de garantias de segurança antes de qualquer cessar-fogo.
No entanto, o episódio evidenciou um possível distanciamento entre Kiev e Washington, ao mesmo tempo em que fortaleceu a união da Europa em torno da Ucrânia.