Jimmy Carter, 39º presidente dos Estados Unidos, morreu neste domingo (29), aos 100 anos. A informação foi confirmada por seu filho ao jornal The Washington Post. Figura central na política americana e internacional, Carter foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz em 2002 por seus esforços humanitários e diplomáticos.
Trajetória política e presidência
Nascido em 1º de outubro de 1924, em Plains, Geórgia, Jimmy Carter teve uma carreira marcada pela dedicação ao serviço público e à promoção da paz. Após formar-se pela Academia Naval dos Estados Unidos e servir como oficial em submarinos, Carter deixou a Marinha em 1953 para assumir os negócios da família.
Na política, começou como líder comunitário em sua cidade natal antes de ser eleito senador estadual em 1962. Posteriormente, governou a Geórgia de 1971 a 1975, destacando-se por medidas como a reforma administrativa e o combate à discriminação racial.
Em 1976, Carter venceu as eleições presidenciais, representando o Partido Democrata. Seu mandato, de 1977 a 1981, foi desafiado por crises econômicas internas e tensões internacionais. A mediação do acordo de paz entre Israel e Egito, conhecido como Acordos de Camp David, em 1978, foi um marco de sua gestão. No entanto, o sequestro de 52 americanos na embaixada dos EUA em Teerã, Irã, em 1979, e o fracasso de uma operação militar para resgatá-los comprometeram sua popularidade.
Derrotado por Ronald Reagan na tentativa de reeleição em 1980, Carter viu o fim do impasse com o Irã apenas após sua saída da presidência.
Pós-presidência e legado humanitário
Após deixar a Casa Branca, Carter dedicou-se ao ativismo político e social por meio do Centro Carter, fundado em 1982. A organização, sem fins lucrativos, liderou iniciativas em defesa dos direitos humanos, combateu doenças tropicais e mediou conflitos internacionais.
Seus esforços humanitários culminaram no recebimento do Prêmio Nobel da Paz em 2002, destacando seu compromisso com soluções pacíficas para crises globais.
Vida pessoal e contribuição histórica
Jimmy Carter foi casado com Rosalynn Smith por mais de 75 anos, com quem teve quatro filhos. Além de sua atuação política, Carter escreveu diversos livros, lecionou e se envolveu em projetos de construção de moradias populares.
Sua morte marca o fim de uma era de engajamento político e humanitário. Carter será lembrado por sua integridade, compromisso com a justiça social e incansável dedicação à paz mundial.