Uma vizinha que mora ao lado da casa onde a adolescente grávida E.A.S., de 16 anos, foi brutalmente assassinada e teve seu bebê arrancado do ventre relatou que não ouviu gritos ou qualquer barulho suspeito no dia do crime.
O silêncio na residência contrasta com a violência do ocorrido, descoberto apenas quando os suspeitos tentaram registrar a criança como se fosse filha deles.
"Gritos eu não ouvi. Só cachorros latindo o dia inteiro aqui na casa deles. Não vi movimentação estranha durante o dia e não ouvi nenhum barulho estranho", afirmou a moradora, que preferiu não se identificar. O corpo da jovem foi encontrado na manhã de quinta-feira (13), enterrado no quintal da casa da principal suspeita, Nataly Helen Martins Pereira.
Ela foi presa junto com seu companheiro, Christian Albino Cebalho de Arruda, no Hospital Santa Helena, onde tentaram dar entrada no registro da recém-nascida.
A vizinha relatou que conhecia a família há anos, mas que atualmente não tinha mais contato próximo com os moradores da casa onde ocorreu o crime.
"Eu moro aqui faz muito tempo. Quando era criança, eu tinha contato com eles. Ontem [quarta-feira] eu só ouvi a voz do Juninho [Cícero Júnior], o irmão da Nataly. Era de noite, eu não lembro o horário", disse.
Sobre a suposta gravidez de Nataly, a mulher comentou que o boato já circulava pelo bairro, mas que não tinha certeza da veracidade. "Algumas pessoas que tinham mais contato com ela falaram que ela estava gestante. Uma vizinha aqui também falou, mas eu não sabia, porque não falava com ela", explicou.
O crime, que causou grande comoção, continua sendo investigado pela polícia. O silêncio na casa da suspeita, destacado pela vizinha, reforça a frieza com que o assassinato foi cometido e a estratégia usada para ocultar o caso até a tentativa frustrada de registrar a criança.