A atual secretária adjunta de Unidades Especializadas da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT), Caroline Campos Dobes Conturbia Neves, tornou-se o principal alvo da Operação Panaceia, deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira (6).

A operação investiga desvios milionários de recursos públicos do Sistema Único de Saúde (SUS), envolvendo o Hospital Regional de Cáceres.

Caroline, conhecida como a "Mulher da SES", já havia sido investigada anteriormente na Operação Espelhos, realizada no início deste ano.

Na ocasião, ela foi acusada de participar de um esquema de fraudes em licitações que somaram R$ 43,4 milhões, favorecendo contratos com empresas a preços superfaturados durante a pandemia da covid-19.

Apesar da gravidade das acusações anteriores, a Justiça rejeitou duas vezes as denúncias contra a secretária, alegando falta de provas concretas.

O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, destacou que “não há elementos suficientes” que comprovem sua participação direta nos supostos esquemas criminosos.

Novas Denúncias e Esquemas Apurados:

Com a deflagração da Operação Panaceia, a atuação de Caroline volta a ser questionada.

De acordo com o Ministério Público, ela teria participado de sete processos licitatórios irregulares, contrariando pareceres técnicos da Procuradoria Geral do Estado.

Esses processos teriam beneficiado integrantes de uma organização criminosa envolvida no desvio de recursos do SUS.

Mesmo diante dessas suspeitas, Caroline ainda ocupa uma posição de destaque na Secretaria de Saúde, o que tem gerado críticas e intensificado os debates sobre transparência e gestão pública no setor.

A Polícia Federal prossegue com as investigações, que devem esclarecer o papel da secretária no caso e determinar os próximos passos legais. 

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