Com o dólar em disparada e a dívida pública projetada para alcançar R$ 7,4 trilhões até o final de 2024, o governo federal enfrenta uma crise econômica sem precedentes. Em tom de alerta, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), apontou os riscos de um colapso econômico caso medidas severas não sejam adotadas. Durante a inauguração de 100 quilômetros duplicados da BR-163, em Diamantino, nesta sexta-feira (20), o gestor não poupou críticas à gestão econômica do país.
“O problema do Brasil não é recente e não se limita ao governo do presidente Lula. Há anos estamos gastando mais do que arrecadamos, acumulando um déficit que pode afundar o país. Simples assim”, declarou Mendes, destacando que o peso da dívida e a alta descontrolada do dólar refletem a falta de disciplina fiscal e coragem para realizar reformas estruturais.
Mato Grosso como Exemplo de Recuperação
Na cerimônia, Mauro Mendes lembrou das duras medidas implementadas em Mato Grosso durante seu governo, que inicialmente enfrentaram resistência, mas que hoje resultaram em um estado economicamente fortalecido.
“Eu fui vaiado e criticado quando precisei adotar medidas impopulares no início da minha gestão. Hoje, o Mato Grosso colhe os frutos de um novo ciclo de crescimento, desenvolvimento e investimentos. É isso que o governo federal precisa fazer: decisões firmes para reverter a situação", afirmou.
Corte de Gastos: A Solução Necessária
Segundo o governador, o Brasil precisa de coragem para acabar com gastos desnecessários e focar em eficiência administrativa.
"Sem cortar despesas supérfluas e investir em eficiência, o país continuará atolado em problemas como inflação alta, dólar elevado e juros insustentáveis", alertou Mendes.
Dívida Trilionária e Impactos Econômicos
De acordo com a Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) está projetada para atingir 78,3% do Produto Interno Bruto (PIB) até o final de 2024, consolidando uma dívida de R$ 7,4 trilhões. Para Mauro Mendes, essa trajetória é insustentável sem ações imediatas e efetivas para conter o avanço da crise econômica.