Na terça-feira,13, o presidente da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Cuiabá, vereador Rodrigo Arruda e Sá (Cidadania), confirmou a existência de provas concretas que podem levar à cassação do vereador Marcrean Santos (MDB), líder do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) no Parlamento municipal.

Santos é acusado de invadir a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) no dia 18 de junho.

“Tem fundamento, tem vídeo, tem gravação, tem relatos, tem boletim de ocorrência, tem bastante documentos que comprovam”, disse Rodrigo Arruda. Uma comissão processante foi criada para investigar a conduta do parlamentar. A reunião da Comissão de Ética na tarde desta terça definiu as funções dos parlamentares que conduzirão a investigação.

Rodrigo Arruda será o presidente da Comissão Processante, Wilson Kero Kero (PMB) atuará como relator e Renivaldo Nascimento (PSDB) como membro.

As convocações para as oitivas devem começar na próxima semana, incluindo o vereador Marcrean, o médico Marcus Vinícius Ramos de Oliveira e o presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM).

O vereador Wilson Kero Kero ressaltou: “Não temos a missão de condenar ninguém antecipadamente, muito pelo contrário, queremos apurar os fatos e depois concluir o nosso trabalho”.

Entenda o Caso:

No dia 18 de junho, o vereador Marcrean Santos foi até a UTI do HMC e, segundo o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), interferiu na prática médica e colocou em risco a vida dos pacientes internados.

O CRM classificou a atitude do parlamentar como um “grave caso de improbidade administrativa e uma clara violação da Lei de Abuso de Autoridade”. O CRM exigiu a investigação e cassação do vereador.

O vereador Dr. Luiz Fernando (União) também solicitou a cassação de Marcrean, alegando quebra de decoro parlamentar.

Ele acusou Marcrean de entrar na unidade sem técnicas de assepsia, sem máscara, sem autorização, intimidando e acusando o médico Marcus Vinícius.

Marcrean admitiu que esteve na UTI a pedido de familiares de uma amiga que estava internada há mais de 30 dias.

Ele afirmou que foi cobrar informações sobre o quadro clínico da paciente e que não havia nenhuma restrição visível para a entrada no local.

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