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POLÍTICA MT Quinta-feira, 12 de Setembro de 2024, 16:27 - A | A

Quinta-feira, 12 de Setembro de 2024, 16h:27 - A | A

São Paulo

“Não respondo pelos erros do PSDB”, diz Datena sobre ascensão do PCC

O apresentador José Luiz Datena (PSDB) foi o segundo entrevistado da série de sabatinas do Metrópoles com os candidatos à Prefeitura de SP

METRÓPOLES

São Paulo – Crítico da infiltração do crime organizado no poder público, o candidato à Prefeitura da capital pelo PSDB, José Luiz Datena, afirma em sabatina promovida pelo Metrópoles que não pode “responder pelos erros e falhas que o PSDB teve lá atrás”, ao ser questionado sobre a ascensão do Primeiro Comando da Capital (PCC) ao longo dos 28 anos em que seu partido governou o estado de São Paulo (1995-2022).

Na entrevista, o apresentador, que se filiou ao PSDB em abril deste ano para concorrer a prefeito, afirma que denuncia “há duas ou três eleições” a infiltração da facção na política, diz que “quem criou o crime organizado foi o Estado brasileiro”, mas não comenta as responsabilidades daqueles que comandaram o estado onde o PCC nasceu, como o ex-governador e atual vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), de quem se diz amigo.

“Eu não posso me apoderar da história boa do PSDB, mas [também] não posso responder pelos erros e falhas que o PSDB teve lá atrás. Você tem razão, o crime organizado começou dentro das cadeias do Brasil e ele só se fortalece nas cadeias do Brasil”, diz Datena, que tem como proposta para segurança criar batalhões especiais semelhantes aos da Polícia Militar (PM), para a Guarda Civil Metropolitana (GCM) ajudar no combate ao crime organizado na capital.

“O que aconteceu no PSDB lá para trás, eu não posso ser responsabilizado porque eu não estava no PSDB. E também o que aconteceu de bom no PSDB, que aconteceu muita coisa boa no PSDB, eu também não posso sair com os louros da vitória porque eu não estava lá”, completa Datena.

O apresentador foi o segundo a participar da série de sabatinas do Metrópoles com os cinco candidatos à Prefeitura de São Paulo mais bem colocados nas pesquisas eleitorais. Além de Datena, Tabata Amaral (PSB) já participou e foram também convidados Guilherme Boulos (PSol), Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB). As entrevistas vão ao ar entre os dias 10 e 20 deste mês. O primeiro turno ocorre no dia 6 de outubro.

Na sabatina, Datena cita uma operação deflagrada pela Polícia Civil em 15 cidades paulistas, em agosto, que bloqueou R$ 8 bilhões do PCC que seriam usados para financiar campanhas eleitorais, e a infiltração da facção em empresas de ônibus da capital, como a Transwolff e a UpBus, ambas denunciadas pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP). Neste ponto, critica a atuação do prefeito e adversário Ricardo Nunes.

O candidato tucano diz que pretende fazer uma nova licitação para substituir as empresas denunciadas, desde que elas sejam condenadas na Justiça, e defende um bloqueio prévio dos repasses dos subsídios que a Prefeitura faz para as viações manterem a operação dos ônibus, que é deficitária.
Datena diz que topou lançar candidatura própria à Prefeitura paulistana após ter se filiado ao PSDB com a expectativa de ser vice na chapa de Tabata Amaral, na “tentativa de reestruturar o partido” para viabilizar a candidatura do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, à Presidência da República, em 2026.

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“Eu não posso chegar chutando a lei, mas pretendo licitar a partir do momento que houver provas e evidências claras de que essas empresas estão sendo beneficiadas”, diz Datena. “Se, de repente, essas empresas forem inocentadas, é claro que eu não posso tomar atitude nenhuma contra elas, mas seria ilegal da minha parte. Eu poderia ser preso por isso, por desobedecer o rito tradicional de que todo mundo tem direito ao julgamento. Mas, tendo prova aprovada, esses caras vão ser relicitados imediatamente”, completa.

Na sabatina, o candidato também fala sobre as dificuldades na campanha e temas como sistema eleitoral, com críticas sobre o uso de redes sociais; cracolândia, defendendo acolhimento de dependentes químicos e tolerância zero com traficantes; governabilidade, com sugestão de fazer plebiscitos de projetos antes de submetê-los à Câmara Municipal; segurança urbana e geração de empregos.

 

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