O comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso, coronel Mendes, declarou que até o momento não recebeu nenhuma denúncia formal sobre o suposto envolvimento da facção criminosa Comando Vermelho na eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Cuiabá. A declaração foi dada após o prefeito eleito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), afirmar que a facção estaria financiando a eleição da Mesa Diretora da Câmara para apoiar uma chapa adversária. Em resposta às alegações, o governador Mauro Mendes determinou que o secretário de Segurança Pública, coronel César Roveri, inicie uma investigação sobre o caso.
Mendes explicou que, durante a campanha eleitoral municipal, houve registros de interferência de facções nas eleições de Cuiabá e Várzea Grande, mas esses incidentes estavam relacionados a ameaças a candidatos específicos.
“Tivemos situações em que candidatos foram ameaçados para não entrar em determinados bairros. Em alguns locais, as comunidades ‘fecharam’ apoio a um candidato e mandaram recados para afastar os concorrentes”, explicou o coronel, detalhando que esses casos ocorreram tanto em Cuiabá quanto em Várzea Grande.
A afirmação do comandante-geral veio à tona após a denúncia de Abilio Brunini. O prefeito eleito trouxe à público suas suspeitas de que o Comando Vermelho teria uma influência no processo de escolha da Mesa Diretora, intensificando a atenção das autoridades sobre o possível envolvimento de organizações criminosas no cenário político local.
A determinação do governador para que se inicie uma investigação visa esclarecer as alegações e garantir que a integridade do processo eleitoral seja mantida. A Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso, liderada pelo coronel Roveri, já está mobilizada para investigar qualquer possível interferência da facção no contexto político de Cuiabá.
Até o momento, o governo do estado e as autoridades de segurança enfatizam que a investigação é preventiva e que, além dos incidentes isolados durante a campanha, não há registros concretos envolvendo facções na eleição da Mesa Diretora. Entretanto, a denúncia de Brunini trouxe à tona a necessidade de monitoramento e reforço da segurança nas esferas políticas para evitar possíveis influências externas.
O caso segue em apuração, com expectativa de que o governo se pronuncie após os primeiros resultados da investigação, visando proteger tanto a integridade do processo político quanto a segurança pública.