O ex-senador Cidinho Santos, um dos principais líderes do Partido Progressistas (PP) em Mato Grosso, afirmou que a formação da federação partidária com o União Brasil exigirá ajustes estratégicos para as eleições de 2026.
A declaração foi dada após uma reunião em Brasília, na noite de terça-feira (18), em que lideranças do PP aprovaram a continuidade das negociações para a federação.
Segundo Cidinho, que participou do encontro, a aliança demandará uma revisão dos planos eleitorais da sigla.
"O PP já vinha estruturando uma chapa competitiva para deputado estadual e federal no próximo ano. Evidentemente que, se houver uma federação com o União, teremos que repensar um pouco a estratégia", afirmou o ex-senador. "Mas será interessante tanto para o PP quanto para o União Brasil", acrescentou.
Outro ponto discutido na reunião foi a distribuição do comando das federações regionais. Em Mato Grosso, caso a aliança se concretize, a presidência da federação ficará com o União Brasil, partido liderado no estado pelo governador Mauro Mendes.
"Ficou definido que o comando será determinado pela quantidade de parlamentares. O Estado que tiver mais deputados federais e senadores assume a presidência da federação", explicou Cidinho. "O PP ficou com nove diretórios estaduais, o União Brasil com outros nove, e os demais nove serão geridos pela direção nacional da federação."
Agora, a decisão sobre a formação da federação depende do aval do União Brasil.
Se aprovada, a aliança exigirá uma atuação conjunta das siglas nas eleições gerais de 2026 e nas municipais de 2028, seguindo as regras das federações partidárias instituídas pela legislação eleitoral em 2021