Deputados da oposição intensificaram a pressão sobre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar possíveis abusos de autoridade por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A movimentação ocorre em meio a recentes tensões envolvendo o ministro Alexandre de Moraes e o bloqueio de contas na plataforma "X" (antigo Twitter).
O pedido original para a instalação da CPI foi protocolado em novembro de 2023, com o apoio mínimo necessário de 171 assinaturas.
No entanto, Lira ainda não se pronunciou sobre a instalação do colegiado. Nesta quinta-feira,29, um novo requerimento foi submetido, desta vez com a assinatura de 67 deputados federais, reiterando a solicitação para que a CPI seja finalmente instaurada.
No documento, os deputados citam reportagens do jornal Folha de S. Paulo, que alegam o uso extraoficial do TSE pelo gabinete de Moraes, como justificativa para a criação da CPI.
"Todos os fatos são extremamente graves e, se confirmados, configuram uma série de violações aos direitos constitucionais dos cidadãos, incluindo a liberdade de expressão, o direito ao devido processo legal e a proteção contra abusos de autoridade", afirmam os parlamentares.
A oposição planeja realizar um grande ato no dia 7 de setembro, na Avenida Paulista, em São Paulo, em apoio ao impeachment de Alexandre de Moraes.
Entre os deputados que assinam o pedido, estão nomes como Alberto Fraga (PL-DF), Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e Bibo Nunes (PL-RS), reforçando o flanco bolsonarista na tentativa de pressionar a cúpula do Judiciário.
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