Nesta terça-feira (17), durante o debate organizado por UOL/RedeTV!, o candidato Pablo Marçal (PRTB) acusou o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), de praticar violência doméstica contra sua esposa, Regina Nunes. A acusação provocou reação imediata da primeira-dama, que publicou um vídeo em suas redes sociais defendendo o marido e negando as alegações feitas por Marçal.

No vídeo postado em seu Instagram, Regina Nunes confronta diretamente o adversário político. “Meu nome foi citado por um M de mentiroso: Marçal. Ele citou meu nome perguntando se meu marido me batia com uma ou com duas mãos. Não, Pablo. Meu marido nunca me bateu”, afirmou a primeira-dama.

Além de desmentir as acusações de violência, Regina atacou Marçal, relembrando o histórico criminal do candidato, que foi condenado em 2010 por participação em um esquema de fraudes que aplicava golpes financeiros em idosos. “Ao contrário de você, que usava as suas duas mãos para roubar os velhinhos com seus golpes que você aplicava pela internet”, disparou a esposa do prefeito. Ela finalizou o vídeo acusando Marçal de “roubar e pegar o dinheiro alheio” por meio desses golpes, referindo-se à sua condenação de quatro anos e cinco meses de prisão. A pena prescreveu em 2018, mas Marçal alega que apenas dava manutenção nos computadores usados pelo grupo criminoso e que desconhecia os crimes.

O vice na chapa de Ricardo Nunes, Coronel Mello Araújo (PL), também se manifestou nos comentários do vídeo. “A verdade está vindo à tona”, disse o ex-comandante da Rota, chamando Marçal de “picareta”.

Durante o debate, Marçal tentou provocar o prefeito com insultos, chamando-o de "Bananinha" e "tchutchuca do PCC", além de mencionar um boletim de ocorrência registrado por Regina Nunes em 2011. Na época, ela acusou o marido de ameaça, violência doméstica e injúria, mas não houve abertura de inquérito policial, pois Regina não deu seguimento à denúncia. Em resposta, Ricardo Nunes afirmou que Marçal "agride a todos" e que “saiu da cadeia, mas a cadeia não saiu dele”.

O boletim de ocorrência citado por Marçal foi registrado em 18 de fevereiro de 2011, quando Regina Nunes foi à 6ª Delegacia da Mulher, em Santo Amaro, São Paulo, e formalizou a denúncia contra o marido. No entanto, Regina afirmou posteriormente que “não se lembrava” do boletim, e Ricardo Nunes justificou o ocorrido dizendo que sua esposa estava “nervosa” no momento da queixa.

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