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VARIEDADES Terça-feira, 26 de Novembro de 2024, 09:03 - A | A

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Mansão da família Safra com 130 cômodos em SP está entre as maiores do mundo, diz revista

A estrutura conta com 117 mil pés quadrados e foi erguida na década de 1990. Sua construção foi inspirada no design dos palácios dos nobres romanos.

O Globo

 

A mansão da família Safra, localizada no bairro do Morumbi, em São Paulo, foi eleita pela revista americana Architeture Design como uma das maiores do mundo. A casa ocupa a 11ª posição do ranking.

A estrutura conta com 117 mil pés quadrados e foi erguida na década de 1990. Sua construção foi inspirada no design dos palácios dos nobres romanos. Quanto ao interior, não há informações detalhadas, afirma a revista, já que a residência é privada. Além disso, o local ainda conta com seu próprio heliporto.

A fortuna da família Safra é vasta e global, com mais de 180 anos. Eles possuem o Banco Safra no Brasil, o Safra National Bank of New York nos EUA e o J Safra Sarasin na Suíça, além de imóveis, incluindo o edifício Gherkin em Londres e 660 Madison Avenue em Nova York, e também uma participação na empresa de bananas Chiquita Brands International.

Joseph Safra passou mais de uma década planejando sua sucessão, que envolveu múltiplos testamentos, transferências de ativos e até preparar seus filhos para o comando. Mas Alberto alegou em uma petição judicial que, depois de deixar os negócios da família em 2019, seu pai “mudou rapidamente seus testamentos” para cortá-lo da herança e aumentar a participação de seus irmãos proporcionalmente.

Alberto afirma que pai, que tinha Parkinson, não tinha capacidade mental para fazer três novos testamentos entre Novembro e Dezembro de 2019. No novo processo, ele alega que seus familiares, juntamente com diretores de uma holding bancária, diluíram indevidamente sua participação de 28% e o impediram de nomear seu próprio diretor, de acordo com o documento. Ele afirma ainda que sua família diluiu sua participação para 13,5%.

O patriarca da família foi Jacob Safra, banqueiro libânes que se mudou para o Brasil em 1953, onde fundou uma empresa de importação e comércio de metais, máquinas e gado, a Safra Importação e Comércio. Entre seus filhos está Joseph Safra, morto em 2020, e pai de Alberto. Jacob teve ainda outros filhos, como Edmond Safra, que foi casado com Lily Safra, morta em 2022. A família é dona dos bancos J. Safra Sarasin, da Suíça, e do Banco Safra, do Brasil, que juntos somam cerca de US$ 90 bilhões em ativos totais.

Morto em 2020, aos 82 anos, Joseph foi fundador do grupo Safra. Ele sofria do mal de Parkinson, e nos seus últimos anos morava na Suíça com a mulher Vicky. Empreendedor, o banqueiro foi responsável pela construção do Grupo Safra no mundo. Hoje, está em mais de 160 cidades, em 25 países, com 36 mil funcionários, e mais de R$ 1 trilhão sob gestão.

Joseph Safra nasceu em 1938 no Líbano e imigrou para o Brasil na década de 60 para dar continuidade aos negócios de seu pai, Jacob. Com a morte dele em 1963, assumiu o banco junto aos irmãos. Em 1967, a família fundou a financeira Safra. Depois, compraram o Banco Nacional Transatlântico e a instituição passou a se chamar Banco de Santos. Em seguida, foi comprado o Banco das Indústrias e, em 1972, o empreendimento passou a ter oficialmente o nome de Banco Safra S.A.

Matriarca do ramo em disputa judicial, ela tinha apenas 17 anos quando se casou com o homem que viria a se tornar o banqueiro mais rico do mundo, Joseph Safra. De origem grega, Vicky Sarfaty chegou ao Brasil em 1950, quando ainda era criança. Ela e Joseph se casaram em 1969 e do relacionamento tiveram 4 filhos (Jacob, Esther, Alberto e David), além de 14 netos.

“Foi um amor à primeira vista, um amor que duraria até o último momento de sua vida”, segundo diz o relatório anual do J. Safra Sarasin sobre o relacionamento entre ela e o marido.

Juntos, Vicky Safra e seus quatro filhos somam cerca de US$ 18 bilhões, de acordo com o cálculos do Índice de Bilionários da Bloomberg atualizado em 8 de fevereiro. A família, no entanto, não comenta seu patrimônio.

É o mais velho dos quatro filhos de Joseph e Vicky Safra, e é o responsável pelas operações internacionais dos negócios da família. Atualmente, é o presidente do conselho de diretores do Safra National Bank, sediado em Nova York, uma das empresas que é centro da disputa familiar. Ele também está à frente do J. Safra Sarasin, da Suíça, e gere os empreendimentos imobiliários nos EUA da família.

É o outro irmão Safra processado por Alberto. David faz parte do Conselho de Administração do Banco Safra e cuida dos negócios da família no Brasil. Ele também é o responsável por administrar os os empreendimentos imobiliários da família dentro do país.

O pivô do conflito começou a vida profissional aos 24 anos no Grupo Safra e hoje tem empreendimentos próprios fora dos negócios familiares. Em 2019, ele deixou o conselho do banco Safra, mas manteve sua participação no grupo da família.

No ano seguinte, fundou a ASA Investments, que tem unidades de gestão de ativos e de fortunas. Em seu site, a empresa afirma continuar a “tradição da família, mantendo os preceitos de gerações e fazendo prosperar o nome Safra”.

Fonte: O Globo

 

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