Impedido pelo STF de comparecer à posse de Donald Trump, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) indicou sua esposa, Michelle Bolsonaro, para representá-lo no evento em Washington. Bolsonaro teve o pedido de liberação do passaporte negado pelo ministro Alexandre de Moraes e aguarda recurso da decisão.
“Ela [Michelle] estava convidada juntamente comigo e vai fazer a sua parte. Tenho conversado com pessoas próximas ao presidente Trump, e ela terá um tratamento bastante especial lá, pela consideração que o presidente tem comigo. É uma amizade construída ao longo dos anos”, afirmou Bolsonaro em entrevista à Revista Oeste.
Além de Michelle, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Eduardo Bolsonaro, secretário de Relações Internacionais do PL, também marcarão presença no evento. Eduardo é considerado o principal articulador entre o bolsonarismo e movimentos conservadores internacionais.
Reaproximação Estratégica
Em 2024, Bolsonaro intensificou a aliança com Trump, apoiando sua candidatura contra Kamala Harris e abordando pautas como o combate à “agenda woke” e críticas ao Judiciário brasileiro. A proximidade visa fortalecer laços com os republicanos, que assumirão maioria no Congresso americano em 2025.
A oposição brasileira também tenta aproveitar a relação com congressistas da ala trumpista, que avançam em pautas de críticas ao Judiciário brasileiro, alinhando-se a temas prioritários para o bolsonarismo.