O edital do "I Concurso Público para ingresso na Carreira de Analista de Defensoria Pública", publicado em 24 de janeiro, trouxe inovações ao destinar 2% das 400 vagas oferecidas para pessoas trans, o que equivale a oito postos. Além disso, há a reserva de 30% para pessoas negras e indígenas (120 vagas) e 5% para pessoas com deficiência (20 vagas).
A remuneração inicial para o cargo é de R$ 9.123,70, com jornada de 40 horas semanais.
De acordo com o edital, candidatos que desejem concorrer às vagas reservadas devem atender aos critérios estabelecidos e autodeclarar sua elegibilidade no momento da inscrição. A validação das autodeclarações será realizada pela Comissão de Heteroidentificação, mediante entrevista pessoal. Para pessoas trans, serão considerados elementos como:
- Reconhecimento social e transição corporal ou social de identidade de gênero;
- Documentação que indique nome social ou processo de retificação;
- Relato pessoal da transição.
Preferência e reversão de vagas
O edital define uma ordem de preferência para convocação de candidatos cotistas em caso de empate:
- Pessoas trans;
- Pessoas com deficiência;
- Pessoas negras e indígenas.
Caso as vagas reservadas não sejam preenchidas, elas serão revertidas para ampla concorrência.
A medida é resultado de uma política da Defensoria Pública de São Paulo voltada à inclusão de grupos historicamente sub-representados no serviço público. O concurso também prevê a publicação de listas específicas de aprovados para cada grupo de reserva e da ampla concorrência.
As inscrições estão abertas para todos os candidatos interessados, mediante pagamento de uma taxa de R$ 170,00. A seleção é considerada um marco de inclusão social, especialmente ao reconhecer e regulamentar a participação de pessoas trans em um dos concursos mais disputados do país.
Thallyta nascimento 28/01/2025
Adorei em saber que as mulheres trans vão ser englobada no mercado de trabalho dando visibilidade parabéns pela iniciativa.
1 comentários