Sucessor do pai no comando do programa Brasil Urgente, o apresentador Joel Datena teve de noticiar o episódio da cadeirada que o candidato à Prefeitura de São Paulo José Luiz Datena (PSDB) desferiu no concorrente Pablo Marçal (PRTB) em debate no último domingo (15). Na ocasião, Joel afirmou que “não briga com a notícia” e, por isso, a reportaria de maneira profissional. Contudo, se absteve de comentar o fato por avaliar que não conseguiria manter a imparcialidade nesse caso.
– Eu tomei conhecimento dessa notícia hoje pela manhã, porque não acompanho nada envolvendo política. Sou bem avesso, bem distante disso. Acompanhei, claro, com surpresa, e recebi um monte de mensagens. Estou dando essa notícia aqui, porque não brigo com a notícia. Se é notícia, é fato e será noticiado aqui no Brasil Urgente, mas me reservo o direito de não comentar – disse.
Joel ponderou que, quando você “é parte da notícia”, maior é a chance de fazer comentários tendenciosos.
– É igual a um juiz, quando recebe uma causa em que conhece um dos suspeitos e se declara suspeito, passando o caso para outro. Recebi o caso, noticiei para vocês e me reservo o direito de não comentar. E vida que segue – adicionou.
O pai de Joel, José Datena, deu uma cadeirada em Marçal durante o debate da TV Cultura, após o empresário mencionar uma antiga denúncia de assédio contra ele, dizer que ele não era homem e chamá-lo de “arregão”. O empresário foi levado ao Hospital Sírio-Libanês, onde constatou ter sofrido traumatismo em uma costela e em parte do punho direito.
No debate desta terça-feira (17), conduzido pela Rede TV!, ambos os candidatos comentaram o tema. Marçal disse que o colega demonstrou um comportamento semelhante ao de um orangotango.
– No último debate, eu estava terminando a minha fala, falando que o Datena não é homem, e aqui eu ratifico. Ele não é, ele é agressor. E as cadeiras aqui foram parafusadas no chão, porque ele teve comportamento análogo ao de um orangotango, em uma tentativa de homicídio contra mim – apontou o empresário.
Datena, por sua vez, admitiu ter se arrependido do ato, mas mencionou que o fez em defesa de sua honra.
– Pode me provocar do jeito que você [Marçal] quiser. Eu não vou partir para a agressão com você, porque eu não bato em covarde duas vezes. Eu me arrependo desse ato, mas muitos juristas já consideraram como legítima defesa da honra – afirmou o ex-âncora do Brasil Urgente.
