No próximo sábado, 7 de setembro, o Brasil será palco de eventos contrastantes que refletem a polarização política no país. De um lado, o ex-presidente Jair Bolsonaro está convocando seus apoiadores para um grande ato na Avenida Paulista, em São Paulo, enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prepara as tradicionais celebrações oficiais do governo na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
O ato bolsonarista promete ser marcado por reivindicações que têm agitado a base de seus apoiadores. Entre os principais pleitos estão a anistia dos presos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 e o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Faixas pedindo a destituição de Moraes já foram amplamente autorizadas para o evento, sinalizando o tom confrontador que a manifestação deve assumir.
Em contraste, as celebrações lideradas por Lula terão um enfoque diametralmente oposto. O presidente já indicou que o tema central das comemorações será a defesa da “democracia” e da “independência”, com o lema “o Brasil no rumo certo”. Entre os tópicos que dominarão a pauta estão a importância estratégica da cúpula do G20, que será realizada no Brasil, a retomada das campanhas de vacinação, e os esforços de reconstrução do Rio Grande do Sul após as enchentes deste ano.
Adicionalmente, há uma expectativa sobre a presença do ministro Alexandre de Moraes nas solenidades oficiais em Brasília. Moraes, que se tornou um alvo recorrente das críticas bolsonaristas, teria sido convidado a participar das celebrações na Esplanada dos Ministérios, reforçando o contraste entre os dois eventos.