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BRASIL Segunda-feira, 16 de Setembro de 2024, 15:36 - A | A

Segunda-feira, 16 de Setembro de 2024, 15h:36 - A | A

CONFUSÃO GENERALIZADA

Polícia abre investigação contra Datena por lesão e injúria a Marçal

Na opinião de Ingrid Ortega, a provocação injusta por Marçal pode ser considerada um fator atenuante para Datena, o que poderia resultar em uma redução da pena.

TBN

 

Um debate entre candidatos à Prefeitura de São Paulo, realizado no último domingo, transformou-se em uma  confusão generalizada  após uma trocação de ofensas culminar em uma agressão física. O incidente ocorrido no Teatro B32, transmitido pela TV Cultura, teve como protagonistas os candidatos José Luiz Datena, do PSDB, e Pablo Marçal, do PRTB.

   

Com acusações mútuas de difamação e até uma agressão física com uma cadeira, o evento culminou com a expulsão de Datena do debate e a necessidade de atendimento médico para Marçal. O episódio gerou grande repercussão nas redes sociais e nos veículos de imprensa.

 
 
 

A confusão teve início quando Pablo Marçal questionou Datena sobre a validade de sua candidatura e mencionou uma antiga denúncia de assédio sexual contra o apresentador. Datena respondeu acusando Marçal de calúnia, enquanto este, por sua vez, continuava a fazer provocações.

 

As provocações resultaram em uma troca acalorada de ofensas que culminou na agressão física por parte de Datena. O apresentador levantou-se de seu púlpito e agrediu Marçal com uma cadeira, levando o mediador do debate, Leão Serva, a interromper o evento temporariamente.


A advogada criminalista Ingrid Ortega explicou que a agressão física pode ser considerada lesão corporal leve ou grave, dependendo dos danos causados à vítima. No caso específico do incidente no debate, ainda está sendo avaliado se a agressão se enquadra como lesão corporal leve ou grave.

  • Lesão corporal leve: pena de três meses a um ano. Não admite prisão em flagrante.
  • Lesão corporal grave: a agressão precisa resultar em incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias, perigo de vida, debilidade permanente de membro, sentido ou função, entre outros.

Na opinião de Ingrid Ortega, a provocação injusta por Marçal pode ser considerada um fator atenuante para Datena, o que poderia resultar em uma redução da pena.


Em relação às implicações eleitorais, a advogada Ingrid Ortega mencionou que, a princípio, não há crimes aparentes no incidente que possam impedir a candidatura de Datena. No entanto, o Código Eleitoral prevê o princípio da moralidade da administração pública, o que não impede que o candidato agressor busque punições nesta esfera.


Eduardo Cesar Leite, advogado de Datena, confirmou que pretende representar criminalmente contra Pablo Marçal por calúnia e difamação. A queixa-crime deve ser protocolada na Justiça Criminal em decorrência das declarações ofensivas feitas por Marçal durante o debate.


Após o incidente, Marçal foi levado ao Hospital Sírio-Libanês, onde recebeu atendimento médico e foi liberado no dia seguinte. Em uma live, Marçal minimizou a agressão, dizendo que teve apenas uma pequena fratura na costela e uma lesão no punho.

 

Por sua vez, Datena tentou justificar sua reação mencionando emoções intensas e experiências pessoais dolorosas, mas admitiu que agiu de maneira inadequada. A TV Cultura, organizadora do debate, emitiu uma nota lamentando o episódio e esclarecendo que as regras estabelecidas foram seguidas, resultando na expulsão de Datena e na continuidade do debate com a concordância dos demais candidatos.


O incidente entre Datena e Marçal destaca a intensidade das emoções presentes em debates políticos e a necessidade de manter a compostura e o respeito, mesmo em momentos de grande tensão. A repercussão do caso serve como um alerta para os candidatos sobre a importância da civilidade no discurso público.

 
 
 
 

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