O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quinta-feira (10) que 24 parlamentares visitem o general Walter Braga Netto, preso desde dezembro de 2024 sob acusação de obstrução de justiça. A decisão estabelece que cada parlamentar poderá realizar uma visita individual, com duração máxima de um dia, sendo permitidas até três visitas por dia.
O pedido foi feito inicialmente pelo senador Izalci Lucas (PL-DF) e pelo deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que representaram o grupo de congressistas interessados no encontro com o militar. Braga Netto não apresentou objeções e formalizou sua concordância com a medida no início do mês.
O general é acusado de tentar acessar informações sigilosas relacionadas ao acordo de colaboração premiada de Mauro Cid. A defesa nega as acusações, alega ausência de provas concretas e sustenta que Braga Netto não representa ameaça à ordem pública ou ao andamento das investigações.
Entre os parlamentares autorizados estão os senadores Hamilton Mourão, Sérgio Moro, Romário Faria, Teresa Cristina, Rogério Marinho, Plínio Valério, Damares Alves, entre outros nomes do Senado e da Câmara.
As visitas deverão seguir regras rígidas: serão realizadas sem a presença de assessores, seguranças ou imprensa, e o uso de celulares ou dispositivos eletrônicos será proibido. As datas e horários dos encontros serão organizados conforme as normas internas do batalhão onde Braga Netto está custodiado.
A decisão ocorre em meio a debates sobre a legalidade e as condições da prisão preventiva do general, com discussões sobre possíveis alternativas ainda em curso nas instâncias superiores.
