menu
16 de Abril de 2025
facebook instagram whatsapp
lupa
menu
16 de Abril de 2025
facebook instagram whatsapp
lupa
fechar

BRASIL Terça-feira, 15 de Abril de 2025, 16:27 - A | A

Terça-feira, 15 de Abril de 2025, 16h:27 - A | A

VEJA SIGNIFICADO

O que é abdome hostil, diagnóstico do Ex-Presidente Bolsonaro

Bolsonaro segue na UTI após cirurgia em abdome “hostil”; entenda o que é o quadro clínico

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) permanece internado na UTI do Hospital DF Star, em Brasília, após se submeter a uma complexa cirurgia de 12 horas para tratar uma obstrução intestinal. Segundo o chefe da equipe médica, Cláudio Biroloni, o procedimento foi dificultado pelo estado do abdome do ex-presidente, que foi descrito como “hostil”.

O que é um “abdome hostil”?

O termo médico se refere a uma condição em que a cavidade abdominal apresenta aderências, cicatrizes e alterações estruturais graves causadas por múltiplas cirurgias anteriores, infecções, traumas ou inflamações. No caso de Bolsonaro, as causas estão ligadas às cirurgias que ele realizou após sofrer uma facada durante a campanha eleitoral de 2018.

“Era um abdome com muitas cirurgias prévias, aderências, uma parede abdominal bastante danificada em função da facada”, explicou Biroloni em coletiva.

Entenda as aderências

As aderências são faixas de tecido fibroso que se formam naturalmente após traumas, cirurgias ou infecções. Elas ligam partes do intestino entre si ou com a parede abdominal, impedindo o movimento normal dos órgãos e podendo causar obstruções.

"Se você abrir o abdome de alguém que nunca teve cirurgia, o intestino é todo soltinho. Em quem já foi operado quatro, cinco, seis vezes, as alças intestinais ficam todas agrupadas", disse Biroloni.

Cirurgias e complicações futuras

O quadro de abdome hostil é considerado um desafio para a medicina. Segundo especialistas da Wake Forest University, nos EUA, esse tipo de caso exige que cirurgiões estejam preparados para intervir em situações de anatomia altamente comprometida e delicada.

Além disso, a cada nova cirurgia, o ciclo de cicatrização recomeça, o que pode gerar mais aderências e complicar intervenções futuras. Sem tratamento adequado, o quadro pode evoluir para complicações graves como fístulas, infecções e até síndrome compartimental abdominal — condição que pode levar à falência de órgãos e à morte.

Ostomia também foi necessária

Logo após a facada em 2018, Bolsonaro precisou de uma ostomia — procedimento que cria uma abertura na parede abdominal para a saída de fezes, ligando-a a uma bolsa externa enquanto o intestino se recupera. Esse tipo de intervenção também contribui para a formação do chamado abdome hostil.

A equipe médica segue monitorando a recuperação de Bolsonaro, mas novas cirurgias no futuro não estão descartadas.

> Click aqui e receba notícias em primeira mão.

 

Comente esta notícia