O filho do homem que atropelou um aluno de 14 anos após um caso de bullying escolar, na Vila Prudente, na zona leste de São Paulo, alegou que o adolescente atropelado jogou um papel molhado nele e saiu correndo. O caso aconteceu na última terça-feira (25/3).
Segundo boletim de ocorrência (B.O.), obtido pelo Metrópoles, em depoimento às autoridades, o jovem afirmou que a vítima saiu correndo após jogar o papel molhado e que, ao ir atrás dele, caiu e ralou o joelho em frente à escola.
O menino, então, chegou em casa, momento em que o pai notou o machucado. Em seguida, os dois foram até a escola para “conversar com a direção de ensino sobre os fatos”.
Ainda de acordo com o B.O., o filho do atropelador conta qu,e no caminho para o colégio, ele e o responsável avistaram o menino que teria lhe jogado o papel molhado. O pai foi atrás do jovem e o atingiu.
A vítima estava andando na rua da escola onde estuda, a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) General Osório, acompanhada da irmã, quando foi atingida.
Posteriormente, o homem saiu do carro pelo banco do motorista e se aproximou do jovem. O filho dele chegou a sair do banco do carona, com um machucado aparente nos joelhos. Mesmo negando ter feito algo, o homem tornou a afirmar que o adolescente bateu no filho, apontando para o machucado.
Em depoimento, a irmã do atropelado ainda afirmou que o homem os ameaçou dizendo: “se vocês não voltarem agora para o colégio eu vou arrebentar seu irmão”.
O homem chegou a ser preso em flagrante, mas foi liberado após pagamento de fiança determinado pela Justiça.
A Diretoria Regional de Educação (DRE) Ipiranga, por meio da Secretaria Municipal da Educação (SME), informou que não há nenhum registro de conflito ou desentendimento dentro da unidade educacional entre os alunos.
“Eles estão afastados das atividades escolares por motivos médicos. O conteúdo perdido no período será resposto”, destacam.
A nota ainda afirma que a EMEF conta com uma estrutura que previne bullying e conflitos, como uma Comissão de Mediação de Conflitos, realização de rodas de conversa, grêmio estudantil e outras atividades que integram os estudantes para tornar o ambiente escolar mais inclusivo e democrático.