menu
16 de Setembro de 2024
facebook instagram whatsapp
lupa
menu
16 de Setembro de 2024
facebook instagram whatsapp
lupa
fechar

BRASIL Sexta-feira, 06 de Setembro de 2024, 19:56 - A | A

Sexta-feira, 06 de Setembro de 2024, 19h:56 - A | A

OPERAÇÃO PLATA

Pastor é condenado a mais de 84 anos de prisão por lavagem de dinheiro do PCC

TBN

 

O pastor Geraldo dos Santos Filho, conhecido como pastor Júnior, foi condenado a mais de 84 anos de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa. A condenação é resultado da Operação Plata, deflagrada em fevereiro de 2023 pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN). O pastor é acusado de utilizar igrejas evangélicas para lavar dinheiro para a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

 

A operação envolveu várias entidades, incluindo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e teve o apoio da Polícia Militar do RN, além dos Ministérios Públicos de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Bahia, Ceará e Paraíba, e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). No total, sete pessoas foram condenadas pela operação, inclusive o irmão de Geraldo, Valdeci Alves dos Santos, conhecido como Colorido.

 

Geraldo dos Santos Filho foi descrito pelo MPRN como o “principal intermediário de comunicação” entre seu irmão Valdeci e outros membros da facção, principalmente no que diz respeito à movimentação de grandes quantias de dinheiro ilegal. De acordo com a denúncia, o pastor Júnior acumulou um patrimônio avaliado em cerca de R$ 6 milhões, por meio de um esquema de lavagem de dinheiro extremamente sofisticado.

 

Como Funcionava a Lavagem de Dinheiro nas Igrejas?

O esquema de lavagem de dinheiro envolvia a aquisição de igrejas em diversas regiões do país. Levantamentos do MPRN apontam que Geraldo comprou cinco igrejas no Rio Grande do Norte e duas em São Paulo. O dinheiro oriundo do tráfico de drogas, financiado pelo PCC, era “lavado” através dessas instituições religiosas, mascarando a origem ilícita dos recursos.

 

Operação Plata: Detalhes e Impactos

A Operação Plata foi iniciada com o objetivo de desmantelar uma rede de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro que vinha operando desde 2008. As investigações revelaram uma estrutura complexa que envolvia membros da mesma família, além de diversos cúmplices. Entre os condenados estão também Thaís Cristina de Araújo Soares, a pastora Thaís, que dividia o altar com Geraldo e era sua cúmplice nas operações ilícitas.

 

- Geraldo dos Santos Filho: 84 anos, 11 meses e 20 dias de reclusão e 299 dias-multa

- Gilvan Juvenal da Silva: 23 anos e oito meses de reclusão e 87 dias-multa

- Valdeci Alves dos Santos: 17 anos, três meses e 20 dias de reclusão e 64 dias-multa

- Thais Cristina de Araújo Soares: 19 anos de reclusão e 70 dias-multa

- Lucenildo Santos De Araújo: 13 anos e seis meses de reclusão e 52 dias-multa

- Joaquim Neto dos Santos: 12 anos e oito meses de reclusão e 50 dias-multa

- Roberto dos Santos: 13 anos de reclusão e 50 dias-multa

 

Quais Foram as Consequências da Operação Plata?

A operação teve um impacto significativo no combate ao crime organizado no Brasil. As condenações representaram um duro golpe para a estrutura financeira do PCC, especialmente na lavagem de dinheiro. A ação também expôs um esquema de corrupção que utilizava a fé religiosa como fachada para atividades criminosas, algo que chocou a opinião pública.

 

Além das condenações, a operação levou ao confisco de propriedades e valores significativos, que deverão ser revertidos para os cofres públicos. Embora a condenação de Geraldo seja a mais severa, os outros membros da rede também receberam sentenças expressivas, demonstrando o comprometimento das autoridades em erradicar o crime organizado.

 

> Click aqui e receba notícias em primeira mão.


Comente esta notícia