Em editorial publicado neste sábado (27), o jornal O Estado de S.Paulo expressou sua insatisfação com o atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), argumentando que o líder petista "flerta com o desastre" ao tentar reescrever a história do PT no poder.

No editorial intitulado Não Foi Essa a Agenda que Venceu a Eleição, o Estadão cita as tentativas do governo de pressionar a Vale para aceitar Guido Mantega na presidência da empresa e de resgatar do ostracismo a figura do ex-ministro, deteriorada por escândalos de corrupção.

O periódico destacou que Lula venceu as eleições com uma margem pequena, defendendo uma "frente ampla", não para impor a agenda petista de intervenção estatal. O editorial intitulado "Não Foi Essa a Agenda que Venceu a Eleição" criticou as tentativas do governo de pressionar a Vale para aceitar Guido Mantega na presidência e de resgatar a imagem do ex-ministro envolvido em escândalos de corrupção.

Segundo o Estadão, Lula parece convencido de que seu terceiro mandato é para impor a agenda petista de intervenção estatal, citando a ofensiva sobre a Vale, a tentativa de retomar cargos na Eletrobras e investir na Refinaria Abreu e Lima.

O editorial sugeriu que a principal preocupação de Lula são as eleições municipais, correndo para recriar bandeiras ideológicas que impulsionem os candidatos do PT e aliados. O jornal lembrou ao presidente que conquistou seu mandato em uma disputa acirrada, destacando que o discurso de "frente ampla" e "defesa da democracia" foi crucial.

O tom conciliador inicial de Lula, segundo o jornal, está dando lugar a um revisionismo histórico que nega os equívocos da "Nova Matriz Econômica". O editorial concluiu afirmando que Lula busca convencer o país de que os desastres da era petista nunca aconteceram, uma tarefa que o jornal considera difícil.

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