A Secretaria de Estado de Saúde (SES) realizou, nesta quarta-feira (29.1), o repasse de R$ 6,8 milhões para o Hospital de Câncer de Mato Grosso. O valor é relativo ao serviço prestado pela unidade no mês de dezembro de 2024.
O dinheiro caiu na conta da instituição no mesmo dia que o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) convocou, em caráter de urgência, os médicos que trabalham no Hospital de Câncer de Mato Grosso. Tem profissionais com mais de 6 meses de atrasos nos salários, embora o Estado faça o repasse mensalmente de recursos.
A situação de atraso salarial foi constatada pelo departamento de fiscalização do Conselho, que realizou uma ação de fiscalização na unidade na última sexta-feira (24.01).
O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, destacou que o Estado está rigorosamente em dia com os repasses para o Hospital de Câncer, que passou a ser contratado diretamente pela SES em setembro de 2024.
“Já repassamos o valor da competência de dezembro para o Hospital de Câncer, um montante de R$ 6,8 milhões, e o nosso objetivo é manter os repasses em dia, como fazemos com os demais prestadores. Desde que assinamos o contrato com esse hospital, temos efetivado os pagamentos em dia. Esse é um serviço de saúde fundamental para a população de Mato Grosso”, disse.
O contrato firmado entre o Hospital de Câncer e o Estado amplia a assistência oncológica no Estado em mais de 80%.
A parceria permite que a capacidade de atendimentos da unidade suba de 310.893 para 562.008 por ano, resultando em um acréscimo de 251.115 procedimentos em comparação com o contrato anterior, que era firmado com a Prefeitura de Cuiabá.
O investimento previsto, por ano, na unidade também será ampliado, passando de R$ 48,7 milhões para R$ 93,9 milhões, o que representa um incremento superior a 92% nos recursos destinados aos serviços.
O vice-presidente e coordenador do departamento de fiscalização do CRM-MT, Osvaldo Mendes, disse que a direção do hospital creditava esta falta de pagamentos aos atrasos nos repasses por parte da Prefeitura de Cuiabá. Ocorre que, desde setembro, o governo estadual assumiu o contrato, dobrou o valor pago ao hospital e, mesmo assim, os médicos receberam apenas metade dos valores relativos ao mês de junho.
“Não há nenhum atraso nos repasses feitos pela gestão estadual ao hospital. Então, se o hospital recebe em dia, não há como aceitar que os médicos sigam sem receber com a mesma pontualidade”.
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