Após a divulgação do vídeo da agressão de um menino de 12 anos autista, na Escola Estadual Antônio Epaminondas, no bairro Lixeira, a mãe do menino, Viviane, se reuniu com uma equipe da Secretaria de Educação de Mato Grosso (SEDUC) para tratar do assunto.
Ficou estabelecido o pedido de troca do agente de pátio da escola, além da criação de um novo plano de ação para os intervalos escolares, garantindo maior segurança e acolhimento aos estudantes neurodivergentes.
A mãe foi acolhida por outras mães de crianças atípicas e juntas fizeram um protesto em frente à escola. O movimento recebeu apoio da advogada Cristiane Lisboa, presidente do projeto social Mundo Azul Te Amo. Ela acionou o jurídico da entidade, representado pelo Dr. Luciano, para acompanhar o caso.
"Esse ato é um grito de socorro. O poder público precisa agir. Inclusão é lei, mas e o respeito? E a paz? Como uma criança pode se desenvolver em um ambiente de agressões e negligência?", questiona Cristiane em entrevista exclusiva à Folha do Estado.
A advogada reforça que a busca não é apenas por punição, mas sim por soluções estruturais que garantam o acolhimento adequado de alunos autistas nas escolas públicas.
"Não estamos atrás de justiça no sentido punitivo, e sim de inclusão com respeito e paz. Esse caso deve servir de alerta para que possamos garantir um ambiente escolar seguro para todas as crianças", enfatiza.
Além disso, Viviane está solicitando reuniões com deputados estaduais, vereadores e a primeira-dama de Mato Grosso, Virgínia Mendes, para ampliar o debate sobre a violência contra crianças autistas e cobrar políticas públicas eficazes.
Uma comissão de mães foi formada para apresentar relatos de casos semelhantes e propor medidas concretas.
"A luta não é só minha, é de muitas mães que passam pela mesma situação. Precisamos de ações efetivas para proteger nossas crianças", destaca Viviane.
Ataques recorrentes
Segundo Viviane, esta não é a primeira vez que o filho dela é agredido. Em entrevista à Folha do Estado, ela conta que o garoto já havia sido agredido em outra instituição, demonstrando um ciclo preocupante de perseguição e falta de proteção para estudantes neurodivergentes.
"Meu filho chegou em casa dizendo que um colega o ameaçava e já havia batido nele com um pedaço de madeira. Procurei a escola, mas ouvi que o agressor não era um menino violento e que era o meu filho quem estava perseguindo o outro aluno", relata a mãe.
Após ter acesso às imagens da agressão, Viviane registrou um boletim de ocorrência na última segunda-feira (24.02) e reforçou a necessidade de medidas urgentes para garantir a segurança de alunos autistas na rede estadual de ensino.
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João miguel 28/02/2025
Parabéns kkk trocar o agente de pátio, tinha que contratar mais dois . Vai ficar mesma coisa uma pessoa para tomar conta de uma escola gigante. E a CAD para acompanhar o menino. SEDUC fez cabeça de vocês.. afff
1 comentários