Cuiabá enfrenta uma crise viária agravada por buracos e más condições nas ruas, especialmente nos bairros periféricos.

 

O secretário municipal de Obras Públicas, Reginaldo Teixeira, descreveu a situação como “caótica” e destacou a necessidade de um planejamento estratégico para revitalizar a malha viária, afirmando que as operações de tapa-buracos não oferecem uma solução definitiva.

 

“Temos bairros em completo caos. Isso não se resolve de forma imediata. É um problema sistêmico que piorou ao longo dos anos e exige união de esforços e planejamento adequado para ser resolvido”, explicou Teixeira após uma vistoria junto ao prefeito.

 

Ele também apontou a situação financeira da Prefeitura como um desafio significativo.

 

Com apenas R$ 6,9 milhões disponíveis e uma dívida acumulada que inclui R$ 78 milhões para a folha de pagamento de dezembro, a administração precisará priorizar contratos essenciais.

 

“Estamos analisando os contratos para focar no que realmente é necessário, como atender a população que utiliza o transporte público diariamente”, destacou.

 

Entre as medidas emergenciais, a Secretaria de Obras planeja revitalizar as faixas exclusivas para ônibus, fundamentais para a mobilidade urbana.

 

“Nosso foco inicial será nos corredores principais das linhas de ônibus, garantindo o deslocamento das pessoas para o trabalho e outras atividades essenciais”, ressaltou o secretário.

 

Teixeira foi enfático ao criticar a insistência no uso de tapa-buracos como solução. “Esse método não resolve o problema de forma duradoura. É preciso cortar o asfalto, preparar a base e realizar um trabalho de qualidade. Caso contrário, estaremos apenas gastando recursos sem efetividade”, afirmou.

 

Apesar das dificuldades, a Prefeitura prometeu priorizar as vias que receberão eventos importantes, como a tradicional Corrida de Reis, marcada para 12 de janeiro.

 

Um relatório emergencial está sendo elaborado para identificar os pontos críticos e traçar um plano de ação que permita atender as demandas mais urgentes, mesmo diante das limitações financeiras enfrentadas pelo município.