A Receita Federal identificou irregularidades em declarações de Imposto de Renda de 1.150 contribuintes de Mato Grosso, recusando um total de R$ 39,6 milhões em despesas falsas, principalmente médicas, entre 2019 e 2022.
Este valor corresponde a deduções que não foram comprovadas ou foram realizadas de forma injustificada.
As fraudes detectadas elevaram o imposto devido em R$ 12,8 milhões, que agora está sujeito a multas que podem chegar a 75%. Dentre as despesas glosadas, R$ 30,3 milhões referem-se a despesas médicas inexistentes, seguidas por pensão alimentícia (R$ 2,3 milhões), dependentes (R$ 3,1 milhões) e educação (R$ 3,9 milhões).
Em um esforço de fiscalização iniciado em abril do ano passado, a Receita Federal tem auditado declarações com inconsistências em todo o país.
Em Mato Grosso, 2.338 pessoas estão sob investigação, com um valor total de R$ 34,6 milhões em gastos fraudulentos apenas com despesas médicas.
O órgão federal ressalta que, após serem notificadas, 328 declarações foram retificadas por 236 contribuintes, resultando em uma redução de R$ 3,55 milhões nas despesas dedutíveis.
Nestes casos, as multas foram evitadas devido à retificação espontânea.
A Receita Federal tem o prazo de cinco anos para auditar as declarações de imposto de renda e, portanto, a investigação atual envolve documentos enviados entre 2018 e 2022.
Em função desse prazo, é essencial que os contribuintes guardem os documentos que comprovem as despesas informadas durante este período.
Por razões de sigilo fiscal, os nomes dos contribuintes envolvidos nas fraudes não foram divulgados.