Neste 7 de novembro, o Brasil celebra o Dia do Radialista, e em Mato Grosso, essa data traz à tona lembranças, homenagens e o olhar para o futuro da radiodifusão. Figuras marcantes que falecerm em 2023, como Edson Pires, José Pulula e Cesar Barros são lembrados por suas contribuições e o legado que deixaram nas ondas do rádio.
"Edson Pires, com seu bordão “o que é bom, não muda,” marcou gerações com sua paixão pelo futebol, enquanto José Pulula e Cesar Barros trouxeram emoção e informação ao público com suas vozes e experiências no esporte e na notícia".
Rádio e a força da reinvenção
Ao longo das décadas, o rádio soube se adaptar e se renovar, mesmo com o avanço de novas tecnologias. Muitos achavam que com a chegada da internet, o rádio perderia sua relevância. No entanto, o que se viu foi o contrário: a internet deu ao rádio uma nova vida, possibilitando transmissões online, a criação de podcasts e a interação direta com os ouvintes. Essa transformação também abriu espaço para temas e vozes diversas, incluindo o fortalecimento das mulheres no rádio.
Em Cuiabá, mulheres como Camila e Marina, na Rádio Capital, Renata Viana e Vânia Viana na Metrópole, têm trazido frescor e novas perspectivas, com programas que abordam desde política até temas de interesse feminino. A voz encantadora de Maraísa Marcondes comanda a locução na Vila Real FM, trazendo todas as informações, novidades e muita diversão e música.
Priscila Ribeiro: uma voz em ascensão
Entre esses novos talentos está Priscila Ribeiro, que se destaca no programa TPM - Tratando de Política com Mulheres da Rádio Metrópole. Conduzido ao lado de Muriel Torres, o programa é um espaço peculiar onde mulheres discutem política, sociedade e questões de gênero de forma autêntica e descomplicada. Idealizado por Maysa Leão, atualmente vereadora e Vanderley Munhoz, dono da rádio metrópole, o programa nasceu da necessidade de representar mais vozes femininas em um meio predominantemente masculino.
Priscila Ribeiro, no programa TPM da rádio Metrópole FM
Priscila foi chamada para integrar o TPM em 2022, quando Maysa precisou se afastar para se candidatar a deputada estadual. Ela conta que o convite surgiu de forma inesperada.
“Em maio de 2022, entrei no estúdio com Muriel para contar um pouco de quem eu era e explicar porque logo assumiria temporariamente o TPM,” diz Priscila
Sua voz trouxe energia nova ao programa, e ela rapidamente se adaptou, estudando e se aprofundando em temas políticos e sociais. Priscila lembra que, ao longo do tempo, foi ganhando segurança e chegou a substituir outros apresentadores na Metrópole, incluindo Vanderlei Munhoz, dono da rádio, o que mostrou o quanto sua presença no rádio estava crescendo.
A História do rádio no Brasil e o legado dos grandes nomes
O Dia do Radialista foi oficialmente mudado para 7 de novembro em 2006, como uma homenagem a Ary Barroso, ícone do rádio e da música brasileira. A história do rádio no Brasil teve início na década de 1920, e com o tempo, grandes nomes como Lima Duarte, Fernanda Montenegro, Faustão e Serginho Groisman passaram pelos microfones antes de migrarem para a televisão, onde continuaram a impactar o público com sua autenticidade e carisma.
Faustão entrevistando Pelé; Fernanda Montenegro; Celso Portiolli — Foto: Reprodução/ Instagram
Faustão entrevistando Pelé; Fernanda Montenegro; Celso Portiolli — Foto: Reprodução/ Instagram
Hoje, o rádio continua relevante, e Mato Grosso se destaca por ter uma nova geração de comunicadores que se renova a cada dia. Priscila Ribeiro é um exemplo desse novo rádio: com sua voz firme e sua dedicação, ela representa uma nova era onde o rádio é mais inclusivo, mais digital e sempre conectado ao público. Este Dia do Radialista é uma celebração a todos que deram e continuam a dar vida a essa tradição – que, ano após ano, segue reinventando suas ondas.
Para Priscila, a participação feminina no rádio é fundamental: “Estamos sempre juntas em várias ações, passeatas, palestras, contra a violência de gênero e em prol de maior representatividade feminina em âmbito social e político,” destaca. Ela vê o TPM não apenas como um programa, mas como uma ferramenta de transformação social.
Primeiro programa que foi ao ar sobre o comando de priscila e Muriel
