Em entrevista na terça-feira, 17, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso, coronel Flávio Gledson Vieira Bezerra, refutou a tese de que os incêndios florestais no estado sejam parte de uma ação coordenada para promover o que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, chamou de "terrorismo climático".
Embora a ministra tenha comparado as queimadas a uma estratégia criminosa semelhante aos atos golpistas de 8 de janeiro, Bezerra afirmou que não há indícios de uma conspiração organizada.
Segundo o comandante, os incêndios no Mato Grosso, embora causados por pessoas, não indicam uma ação orquestrada.
“O que a gente sabe é que, sim, existem pessoas irresponsáveis que têm feito uso irregular do fogo, cometendo crimes”, destacou Bezerra, reforçando a complexidade de identificar e punir os culpados, que geralmente agem em áreas rurais de difícil fiscalização.
A ministra Marina Silva, em contrapartida, acredita que os atos possam fazer parte de um esforço deliberado para desestabilizar o governo federal, aumentando a pressão sobre as autoridades.
Entretanto, Bezerra afirmou que, embora reconheça a existência de criminosos que utilizam fogo de forma irresponsável, até o momento não há provas de um movimento coordenado.