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JUDICIÁRIO Sexta-feira, 01 de Novembro de 2024, 08:36 - A | A

Sexta-feira, 01 de Novembro de 2024, 08h:36 - A | A

PAPEL RESTRINGIDO

Contadora da Unimed sofria coação e pressão psicológica de ex-dirigentes

Contadora teve seu papel restringido e foi submetida a forte pressão psicológica para ignorar inconsistências contábeis e evitar qualquer correção sem autorização superior.

 

A Justiça Federal recebeu denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) envolvendo práticas de pressão psicológica e irregularidades financeiras na Unimed Cuiabá. A denúncia inclui o ex-CEO Eroaldo Oliveira, a assessora Tatiana Bassan, a superintendente Ana Paula Parizotto, além de Rubens de Oliveira Júnior, Suzana Palma e Jaqueline Proença, apontados como responsáveis por um esquema que comprometeu a transparência contábil e operacional da cooperativa.

Segundo o procurador Pedro Melo Pouchain Ribeiro, após a posse de Eroaldo Oliveira e Tatiana Bassan, um novo modelo de “governança” centralizou as informações contábeis da Unimed nas mãos do grupo, limitando o acesso dos setores da cooperativa a dados financeiros. A contadora Maria Gladis dos Santos, que ocupava o cargo desde 2014, teve seu papel restringido e foi submetida a forte pressão psicológica para ignorar inconsistências contábeis e evitar qualquer correção sem autorização superior.

Tatiana e Ana Paula teriam imposto pressão frequente sobre Maria Gladis e sobre Sandra Virgínia Pinheiro, da Gerência de Contas Médicas, ameaçando demissões e incentivando ajustes para apresentar resultados positivos. Em uma reunião em janeiro de 2023, o então presidente Rubens de Oliveira teria hostilizado Maria Gladis por identificar erros contábeis, expondo o clima de intimidação promovido pela alta gestão.

As irregularidades se tornaram públicas em março de 2023, quando o novo presidente eleito, Carlos Bouret, deu início a uma auditoria que revelou um rombo de R$ 400 milhões no balanço fiscal de 2022, além de problemas estruturais nos empreendimentos da cooperativa. Em Assembleia Geral Extraordinária realizada em junho, os cooperados da Unimed Cuiabá tomaram ciência dos prejuízos e da situação financeira crítica, após a descoberta de práticas contábeis que mascaravam os resultados reais da gestão anterior.

A Operação Bilanz segue apurando as ações do grupo e as condições que permitiram o desvio, que prejudicou não apenas a cooperativa, mas também a confiança dos cooperados e beneficiários da Unimed Cuiabá.

 
 

 

 

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Maria Das Graças Andrade Bueno 01/11/2024

Se estava sendo coagida, era só denunciar e não se aliar.

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1 comentários