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MUNDO Quarta-feira, 09 de Outubro de 2024, 15:54 - A | A

Quarta-feira, 09 de Outubro de 2024, 15h:54 - A | A

CONHEÇA HISTÓRIA

Brasileira recebe prêmio da ONU por trabalho com refugiados e migrantes

 

A irmã Rosita Milesi, uma freira brasileira de 79 anos, recebeu o Prêmio Nansen, concedido anualmente pelo Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR) em reconhecimento ao seu trabalho excepcional em prol dos refugiados e migrantes ao longo de 40 anos.

 

Membro da ordem católica das freiras Scalabrini, conhecida por sua dedicação ao atendimento de refugiados em todo o mundo, Irmã Rosita cresceu em uma família de fazendeiros pobres de origem italiana no sul do Brasil e tornou-se freira aos 19 anos. Desde então, atuou como advogada, assistente social e ativista, defendendo os direitos e a dignidade de pessoas deslocadas de diversas nacionalidades.

 

O Prêmio Nansen foi criado em 1954 em homenagem ao humanitário e explorador norueguês Fridtjof Nansen, e o anúncio da premiação foi feito em Genebra. Irmã Rosita se junta a um seleto grupo de laureados, que inclui personalidades como Eleanor Roosevelt, Médicos Sem Fronteiras e Angela Merkel. Ela é a segunda brasileira a receber a honraria, seguindo os passos do ex-arcebispo de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns, que foi premiado em 1985.

 

À frente do Instituto de Migração e Direitos Humanos (IMDH) em Brasília, Irmã Rosita tem desempenhado um papel fundamental ao ajudar milhares de migrantes e pessoas deslocadas a acessarem serviços essenciais, como abrigo, saúde, educação e assistência jurídica. Sua coordenação da RedeMIR, uma rede nacional com 60 organizações, tem sido crucial para oferecer apoio a refugiados em todo o Brasil, incluindo áreas remotas de fronteira.

 

Além de seu trabalho direto com os refugiados, Irmã Rosita também teve um impacto significativo no cenário jurídico brasileiro, contribuindo para a elaboração da lei de refugiados de 1997 e da lei de migração de 2017, que garantiu proteções essenciais para pessoas deslocadas e reduziu o risco de apatridia. O ACNUR ressaltou a importância de sua atuação, destacando as mudanças que ela ajudou a promover em prol dos direitos humanos no país.

 

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