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BRASIL Quinta-feira, 10 de Outubro de 2024, 11:45 - A | A

Quinta-feira, 10 de Outubro de 2024, 11h:45 - A | A

CAM GIRL

Princesinha do tráfico lavava dinheiro com venda de conteúdo adulto

Além de atuar no tráfico de drogas, Francielly Paiva atuava no ramo de conteúdo adulto, vendendo pacotes de fotos e vídeos íntimos

Metrópoles

 

Francielly Paiva (foto em destaque), é modelo, corretora de imóveis e irmã de um traficante preso na Penitenciária Federal de Catanduvas (PR). Ela se tornou alvo na Operação Portokali, deflagrada pela Polícia Civil de Goiás (PCGO) nesta quarta-feira (9/10). Além de ostentar uma vida de luxo nas redes sociais, com registros de viagens internacionais e festas glamourosas, Francielly também atuava no ramo de conteúdo adulto, vendendo pacotes de fotos e vídeos, mantendo perfis em plataformas adultas e trabalhando como cam girl.

A operação, que contou com apoio da polícia civil do Tocantins (PCTO), do Maranhão (PCMA), do Distrito Federal (PCDF) e do Paraná (PCPR), resultou na expedição de 10 mandados de prisão temporária e 20 mandados de busca e apreensão contra membros de uma organização criminosa envolvida com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

A investigação teve início após a prisão de um suspeito em Itajaí (SC), cujo celular revelou informações detalhadas sobre a atuação da quadrilha em Goiás. O grupo, segundo a PCGO, utilizava “laranjas” e operadores financeiros para movimentar grandes somas de dinheiro provenientes do tráfico de drogas. Francielly, além de atuar diretamente com a venda de conteúdo adulto, teria um papel central na estrutura financeira da organização.

 

Envolvimento no crime

De acordo com as investigações, o estilo de vida luxuoso exibido por Francielly em suas redes sociais, incluindo viagens recentes para a Europa e participação em festas de alto padrão, servia para mascarar as atividades ilícitas. Ela seria responsável por lavar o dinheiro do tráfico, utilizando a própria imagem pública para encobrir os crimes.

 

O nome da operação, Portokali, que significa “laranja” em grego, foi escolhido em referência às recentes viagens de Francielly ao continente europeu. A investigação apontou que ela foi uma das principais “laranjas” utilizadas pela organização, ajudando a movimentar o dinheiro sujo por meio de transações que envolviam tanto o tráfico quanto sua atividade paralela no ramo de conteúdo adulto.

Durante a operação, além dos mandados de prisão e busca, foram apreendidos veículos de luxo, documentos e dispositivos eletrônicos que poderão fornecer mais detalhes sobre o esquema de lavagem de dinheiro e a rede de tráfico de drogas. Francielly Paiva foi levada para prestar depoimento, e as autoridades ainda investigam a extensão de seu envolvimento, tanto no tráfico quanto na parte financeira do esquema criminoso.

O delegado responsável pela operação, em entrevista, destacou que Francielly não apenas se beneficiava financeiramente das atividades ilícitas, mas também desempenhava um papel fundamental ao utilizar sua imagem de influenciadora para desviar suspeitas. “Ela sabia como disfarçar, atuando de maneira pública e paralelamente com atividades legais e ilegais, como o conteúdo adulto e a lavagem de dinheiro”, afirmou.

Luxo e ostentação

A ostentação nas redes, segundo a polícia, ajudava a passar uma imagem de sucesso empresarial, enquanto o dinheiro sujo fluía por canais paralelos. As postagens frequentes de Francielly mostravam viagens a locais paradisíacos, festas e uma vida sem preocupações, o que contrasta diretamente com o drama do envolvimento em atividades criminosas.

 

As autoridades agora seguem analisando os materiais apreendidos e rastreando as contas e transações financeiras ligadas à organização, com o intuito de identificar outros possíveis cúmplices e aprofundar as conexões da modelo e corretora de imóveis no esquema.

Francielly Paiva pode responder por envolvimento com organização criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, além de outras possíveis acusações relacionadas às suas atividades paralelas. O próximo passo da operação será identificar outros “laranjas” e pessoas que possam ter ajudado a camuflar o dinheiro oriundo do tráfico, ampliando a investigação para outros estados e, possivelmente, para o exterior.

 
 
 

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